Resumo |
No Brasil, ao esporte é reconhecido e regulamentado, em três dimensões (educacional, participação e rendimento) como dever do Estado fomentar e incentivar sua prática. É o que estabelece a Constituição Federal do Brasil de 1988 e demais legislações que regem as políticas públicas e demais ações para o atendimento a esses preceitos. A gestão pública do esporte deve estar inserida nas plataformas dos diferentes níveis administrativos, sejam municipais, estaduais e/ou federal, interferindo de forma direta na sua execução e desenvolvimento. No entanto, quando se observa a condução desse processo, nota-se, principalmente em nível municipal, que os gestores não possuem formação adequada e/ou compreensão dos elementos e processos que estão envolvidos no exercício de seu papel dentro da administração pública, acarretando uma redução ou perda da eficiência/eficácia dos serviços prestados à sociedade (QUEIROZ, 2011; GALINDO, 2010). O objetivo deste estudo foi traçar um perfil dos gestores esportivos dos municípios da Microrregião do Vale do Piranga, analisando características pessoais (como idade, estado civil), profissionais e acadêmicas (como formação prévia), de satisfação (sobre as instalações e outros recursos) e também caracterizando a ação e conhecimento de formas de promoção do esporte e de coleta/arrecadação de recursos para o esporte. A amostra foi composta por todos os gestores esportivos dos municípios da Microrregião do Vale do Piranga que se propuseram a responder um questionário não-validado (n= 9),assinando previamente um termo de consentimento livre e esclarecido. O estudo foi previamente submetido e aprovado pelo Comitê de Ética, por meio da Plataforma Brasil (CAAE: 3484514.6 0000.5153). A análise dos dados foi feita por estatística descritiva do programa Microsoft Excel® e da plataforma Google Drive ®, para questionários virtuais. Além disso, foi realizada uma revisão bibliográfica sobre o tema abordado. Os resultados descrevem um Perfil Geral dos respondentes, composto por indivíduos com idade média de 35 (± 2,74) anos, onde 89% dos respondentes são do sexo masculino. Outro ponto observado é que 55% dos respondentes não possuem nenhuma formação específica para o cargo, e somente 11% têm formação específica. Notou-se também a enfatização ao esporte de participação em detrimento dos demais. Concluiu-se, ainda, que os entrevistados possuem pouco conhecimento do ornamento funcional público e das formas de captação de recursos a nível extra-municipal e em geral, mostram-se insatisfeitos com fatores avaliados pelo estudo, como estrutura física, recursos humanos e carga horária de trabalho. Torna-se pertinente, ainda, a realização de um estudo mais abrangente e diferentes regiões, de forma a embasar a realização de programas, cursos e afins no intuito de atualizar e formar gestores aptos ao desenvolvimento pleno do esporte e fundamentar um referencial para o desenvolvimento destes profissionais. |