Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 3836

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Políticas públicas e desenvolvimento social
Setor Departamento de Administração e Contabilidade
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Rosimere Miranda Fortini
Orientador SUELY DE FATIMA RAMOS SILVEIRA
Outros membros Lucas Pazolini Dias Rodrigues, Vinicius de Souza Moreira
Título Demanda Habitacional no Brasil: sua Inserção e Permanência na Agenda Governamental
Resumo O estudo buscou responder à seguinte questão: como a demanda da sociedade por habitação passou a ser considerada uma questão de política pública e inserida na agenda do governo federal? Para tanto, estabeleceu-se como período de análise os anos de 1986 a 2013. O objetivo geral consistiu em analisar como a demanda habitacional dos diversos segmentos da sociedade foi percebida como problema e compôs a agenda do governo federal e, em que condições permaneceu sendo tratada. Quanto aos procedimentos metodológicos, o estudo caracteriza-se como qualitativo, descritivo e explicativo. A coleta de dados foi operacionalizada a partir de dados secundários, correspondentes aos estudos, relatórios técnicos e notícias relacionadas à habitação produzidas pelos órgãos do Governo Federal, projetos de lei e leis aprovadas, considerando o período de 1986 a 2013. As análises dos documentos seguiram a técnica de Análise de Conteúdo, a partir de categorias que foram definidas posteriormente à coleta dos dados, convergindo com a base teórica do estudo. A primeira categoria referiu-se a “Percepção do Problema”, tendo sido constatada a complexidade e amplitude das demandas sociais, que extrapolaram as alternativas oferecidas pela Política Habitacional do país. Como meio para reduzir esse distanciamento faz-se necessária a articulação entre as políticas urbanas e a aproximação dos atores governamentais com grupos de interesse, como os movimentos sociais. Quanto a categoria “Grupos de Interesse”, verificou-se que no âmbito privado, empresas da construção civil influenciaram a formulação da Política Habitacional, de modo a obterem favorecimentos com o processo por meio do recebimento de recursos para a execução dos programas habitacionais. Além de influenciar nos investimentos públicos para habitação, e no público para o qual seriam direcionados, o que seria mais rentável, em detrimento da função social da política habitacional. No “Tratamento da Questão Habitacional”, após a extinção do BNH, devido a uma série de fatores de ordem econômica e institucional, praticamente descontinuaram as iniciativas do governo federal em relação à Política Habitacional. No entanto, a partir do ano 2011, tem-se dado ênfase na construção de novas unidades por meio de financiamento para as faixas populacionais de baixa e média rendas, via parceiras público privadas. A questão que se estabelece, refere-se a decisão da localização, que está tornando as cidades dispersas, demandando a extensão da infraestrutura. Portanto, o poder público, para ser eficaz na construção de políticas urbanas e habitacionais, deve articulá-las pelas três esferas de governo: federal, estadual e municipal. E, ainda, com a efetiva participação e empenho da sociedade para enfrentar o desafio da questão habitacional no Brasil e reduzir cada vez mais o déficit de moradias, particularmente o relativo às moradias de interesse social que demandam maior apoio técnico e financeiro do poder público.
Palavras-chave Políticas Públicas, Agenda, Habitação.
Forma de apresentação..... Painel
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