Resumo |
Atualmente o Brasil possui cerca de 5,6 milhões de hectares de área plantada com espécies de eucalipto. Diversas são as pragas descritas para esta cultura, entre elas está à lagarta-parda-do-eucalipto Thyrinteina arnobia Stoll,1789 (Lepidoptera: Geometridae), considerada a mais importante lagarta desfolhadora de eucaliptos no Brasil. As lagartas iniciam o ataque na parte inferior da copa se estendendo até os ponteiros. Ataques sucessivos reduzem o incremento médio anual, ocasionando reduções na produção e qualidade da madeira. Este trabalho teve como objetivo estudar as taxas de emergências e causas de mortalidade da lagarta-parda em plantios de eucalipto. Pupas foram coletadas em três diferentes locais situados nos municípios de Nova Viçosa (Local I), Prado (Local II) e Mucuri (Local III), no estado da Bahia. No local I foram coletadas 20 pupas machos e 25 pupas fêmeas, no local II, 22 pupas machos e 22 pupas fêmeas e no local III, 25 pupas machos e 25 pupas fêmeas. As pupas, fêmeas e machos, foram separadas em potes plásticos de 50 ml, vedados com filme plástico para impedir a saída de parasitoides e mantidas no Laboratório de Manejo Integrado de Insetos Florestais da Universidade Federal de Viçosa em Viçosa-Minas Gerais. As causas de mortalidade foram examinadas com base na ocorrência de patógenos e parasitas. A taxa de sobrevivência e as causas de mortalidade nas três localidades foram submetidas à análise de variância, ao nível de 5% de probabilidade, e as médias comparadas pelo teste “t”. Constatou-se a emergência de adultos em 77,7% das pupas; o restante foi morto por parasitoides ou patógenos. Não foi obtida diferença significativa na quantidade de adultos, machos e fêmeas, entre os locais estudados; também não houve diferença significativa entre as localidades quanto à causa de mortalidade das pupas. A mortalidade ocasionada por parasitismo foi de 70,97%. O parasitismo das pupas foi devido a vespas da família Chalcididae e a moscas da família Tachinidae, em todas as localidades. Conclui-se que o parasitismo natural constatado é muito baixo para produzir um controle biológico satisfatório contra este inseto florestal daninho e que um novo surto populacional deve ocorrer, na sequência, naquelas condições examinadas. |