Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 3803

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ecologia e biogeografia
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Débora Mello Furtado de Mendonça
Orientador SIMON LUKE ELLIOT
Outros membros Farley William Sousa Silva
Título O papel de estímulos ambientais sobre alterações imunológicas e fenotípicas em lagartas de Anticarsia gemmatalis (Lepidoptera: Noctuidae)
Resumo A soja apresenta grande importância no cenário econômico brasileiro. Com isto, muito esforço tem sido feito para controlar sua principal praga, Anticarsia gemmatalis (Lepidoptera: Noctuidae). Diversos países têm investido em estratégias que visam à redução da população dessa praga, como o emprego de agentes de controle biológico. Contudo, fatores como alterações fenotípicas e defesas imunes do inseto podem afetar o seu controle no campo. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi investigar se estímulos ambientais como temperatura e densidade populacional induzem mudanças fenotípicas e respostas imunológicas em A. gemmatalis. Mariposas foram criadas em gaiolas recobertas internamente por folhas de papel A4, permitindo a oviposição. Após a eclosão dos ovos, as larvas foram mantidas em potes plásticos em duas densidades (1 ou 8 lagartas por pote) sob gradiente de temperatura (20, 24, 28 e 32 °C). As lagartas foram submetidas a um desafio que simulava a entrada de um parasita: inserção de um filamento de nylon (1 mm de comprimento x 0,12 mm Ø) no primeiro segmento toráxico. Nesse experimento foi possível medir dois parâmetros imunológicos, a resposta de encapsulação (área formada pelas células em torno do nylon) e melanização da cápusula (cor da cápsula). Outro parâmetro imunológico estudado foi o número de hemócitos na hemolinfa. Para isso, 8 µl de hemolinfa de cada larva foi extraído e contado o número de células com auxílio de microscópio. A resistência a patógenos foi também analisada por meio de inoculação de Baculovirus anticarsia (20 µl de suspensão viral) em folhas de soja, que foram oferecidas às lagartas para alimentação por um período de 24 horas, avaliando-se a mortalidade diariamente. Em relação à resposta de encapsulação, o tamanho da cápsula não foi afetado pela temperatura e densidade populacional. Entretanto, a melanização da cápsula aumentou com a temperatura tanto em lagartas criadas de forma solitária ou em grupo. O número de hemócitos diminuiu com a temperatura, independente da densidade. Quanto a resistência a patógenos, a temperatura, mas não a densidade, afetou a resistência a B.anticarsia, de modo que elas sucumbiam mais rapidamente à infeccção com aumento da temperatura. Esses resultados demonstram que os fatores ambientais, principalmente temperatura, podem afetar tanto o curso da doença nas lagartas quanto suas defesas contra patógenos. Os resultados deste projeto fornecem um maior conhecimento sobre a dinâmica da interação entre Anticarsia gemmatalis e Baculovirus anticarsia.
Palavras-chave Anticarsia gemmatalis, Baculovirus anticarsia, resposta imune
Forma de apresentação..... Painel
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