Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 3791

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Linguística
Setor Departamento de Letras
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Dayane Sávia Monteiro
Orientador MONICA SANTOS DE SOUZA MELO
Título De Joseph a Bento, de Jorge a Francisco: um estudo sobre a construção do ethos e sua relação com os nomes dos papas
Resumo Recentemente, a Igreja Católica passou por diversos momentos de crise, marcados por críticas e polêmicas, que teriam culminado com a renúncia do Papa Bento XVI. Atualmente, a presença do novo papa Francisco, tem surpreendido os fiéis, a mídia e a sociedade de forma geral, por sua postura diferenciada e comportamento inusitado. Desde sua primeira aparição, Francisco se mostrou uma figura bastante peculiar quando, por exemplo, inclinou a cabeça e pediu aos fiéis que orassem por ele, antes de lhes conceder a benção, fugindo assim dos costumes e protocolos cerimoniais da Igreja. Francisco também marca a história do catolicismo por ser o primeiro papa latino-americano. Outro elemento bastante representativo dessa nova postura papal diz respeito ao nome que os papas escolheram adotar após serem eleitos. O primeiro, o alemão Joseph Ratzinger, justificou a escolha à sua homenagem a São Bento, santo que é patrono da Europa, além de homenagear Bento XV, papa esse que segundo Ratzinger foi um profeta da paz. Já a escolha do argentino Jorge Mario Bergoglio remete a São Francisco de Assis, santo que optou pela pobreza, renunciando todos os seus bens e dedicando-se inteiramente aos pobres. Tendo em vista esse cenário, objetivamos com esse artigo entender como acontece a construção dos ethé dos Papas Bento XVI e Francisco a partir da escolha de seus novos nomes, investigando como essa opção interfere na imagem que eles tentam construir de si através do discurso. Para isso analisaremos os discursos oficiais pós-eleição de ambos, onde eles justificam a escolha de seus nomes. Nosso embasamento teórico está pautado na Análise do Discurso, sobretudo nos estudos relacionados ao ethos e ao discurso religioso. Os principais autores que respaldaram esse trabalho foram Brandão (1986), Orlandi (1999), Amossy (2005), Menezes (2006), Charaudeau (2006), Maingueneau (2006), Charaudeau e Maingueneau (2008) e Chamone (2012). Tal estudo permitiu verificar a construção de ethé diferenciados, susceptíveis de provocar uma recepção diferente dos fiéis, da mídia e da população como um todo.
Palavras-chave Análise do Discurso, ethos, Discurso Religioso.
Forma de apresentação..... Painel
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