Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 3771

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Políticas públicas e desenvolvimento social
Setor Departamento de Economia Doméstica
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Danieli Barbosa de Andrade
Orientador NEIDE MARIA DE ALMEIDA PINTO
Título As sociabilidades possíveis em conjuntos habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV) em pequenos municípios: o caso de Viçosa - MG
Resumo O presente estudo tem como tema o espaço social dos moradores beneficiários do Programa Minha Casa Minha Vida do município de Viçosa, MG, tendo como campo empírico os conjuntos César Santana Filho, Benjamim José Cardoso e Floresta, todos destinados à população de renda de 1 a 3 salários mínimos. O objetivo foi analisar a sociabilidade familiar dos beneficiários em âmbito micro familiar e no espaço urbano (do conjunto habitacional, do bairro e da cidade). Teve-se como pressuposto que a segregação sócio espacial interfere nas relações sociais dos indivíduos. Nesse sentido, analisou-se o acesso aos espaços coletivos e públicos ou semi públicos nos conjuntos e a identificação dos laços afetivos sociais das famílias residentes – no interior dos conjuntos, no entorno dos empreendimentos e na cidade. Foram realizadas 125 entrevistas de caráter exploratório qualitativo e quantitativo. O perfil socioeconômico da amostra é bem heterogêneo. A população feminina é mais expressiva, a escolaridade está numa media de 5 anos de estudo e 52,8% não realizam nenhuma atividade remunerada. Quanto à infraestrutura, os problemas graves constatados foram a falta de estabelecimento comercial, policiamento, falta e/ou distância de escolas e creches, situação da área de lazer, falta de hospital e posto de saúde. O transporte coletivo e serviços de comunicação foram considerados um problema pouco grave a quase grave, a despeito do fato de que as estradas de acesso e a iluminação pública serem um empecilhos à mobilidade dos moradores. O transporte público mediador entre a cidade e os conjuntos habitacionais não atende às demandas necessárias acarretando uma série de dificuldades como o acesso a saúde, educação, trabalho e lazer, estabelecendo um distanciamento da cidade. A conservação das ruas não foi considerado um problema, apesar disso, o abandono de casas e a depredação estão presentes no local. A localização dos empreendimentos não é considerada problema, apesar dos mesmos estarem em áreas antes de caráter rural e afastada do centro da cidade. Contudo, os moradores se sentem bem no local e acreditam ter sido um bom negócio a aquisição da casa, a despeito do fato de que, se tivessem alguma oportunidade, se mudariam para outro local. A sociabilidade entre os moradores é caracterizada como não sendo um problema, entretanto foi percebido a partir de relatos o distanciamento entre vizinhos e uma alta sensação de insegurança no local. Foram detectados casos de discriminação por morar em conjunto habitacional dado ao estigma estabelecido pela cidade. A descrença na segurança, e a sensação de pertencimento do local consolidam o encapsulamento social, onde os moradores não se relacionam. Finalizando, os conjuntos habitacionais do PMCMV caracterizaram-se pela realidade de segregação sócio espacial, a qual interfere no campo de sociabilidade mais ampla dos moradores. Essa fica limitada, sobretudo, em função do não acesso à cidade pelos seus moradores.
Palavras-chave Sociabilidade, Segregação, Política Habitacional
Forma de apresentação..... Painel
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