Resumo |
Objetivou-se determinar e comparar a produtividade da forragem produzida durante as épocas das águas e seca de pastos com forrageiras do gênero Brachiaria, sob duas estratégias de manejo. Os tratamentos consistiram de quatro forrageiras do gênero Brachiaria: Brachiaria decumbens cv. Basilisk, Brachiaria brizantha cv. Marandu, Brachiaria brizantha cv. Piatã e Brachiaria brizantha cv. Xaraés, e duas estratégias de interrupção da rebrotação, a cada 28 dias (28D) e quando o dossel atingia 95% de interceptação luminosa (IL95). O experimento foi em blocos casualizados, num arranjo fatorial 4 (forrageiras) x 2 (estratégias de manejo), com três repetições. Foram avaliadas as variáveis altura, número de ciclos e frequências de pastejos, produção de massa seca (MS) e de componentes morfológicos nas condições de pré e pós-pastejo e densidade populacional de perfilhos na condição de pré-pastejo. Os manejos não influenciaram a produtividade total de MS das forrageiras, porém a estratégia de IL95 proporcionou maior percentual de lâminas foliares no pasto. Durante a época seca, a densidade populacional de perfilhos foi maior com o manejo de IL95. Além disso, nessa mesma época, houve maior porcentagem de forragem morta para ambos os manejos, sendo que o manejo 28D apresentou maior percentual deste componente que o IL95. A cultivar Xaraés foi a mais produtiva, com 14.961 kg/ha ano de MS, enquanto que as cultivares Marandu e Piatã não diferiram entre si (12.766 e 13.076 kg/ha ano de MS, respectivamente) e a B. decumbens apresentou a menor produtividade (10.986 kg/ha ano de MS). As estratégias de manejo não influenciaram a produtividade das forrageiras, mas, a cultivar Xaraés foi a que apresentou maior produção de MS e a B. decumbens a menor. A produção de forragem, entendida como o balanço líquido entre a síntese de novos tecidos e, ou, órgãos da planta e a perda por senescência e morte, pode ser influenciada positiva ou negativamente por um mesmo fator, dependendo da combinação, espécie/ambiente e do manejo do pastejo. Assim, a estratégia de manejo com 95% de interceptação luminosa proporciona forragem com maior participação de lâminas foliares no pasto, ou seja, melhor composição morfológica ao longo do ano quando comparado ao manejo de 28 dias. |