ISSN | 2237-9045 |
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Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Graduação |
Modalidade | Extensão |
Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
Área temática | Agricultura, agroecologia e meio ambiente |
Setor | Departamento de Economia Doméstica |
Bolsa | PROEXT |
Conclusão de bolsa | Não |
Apoio financeiro | MEC, Outros |
Primeiro autor | Priscila Motta Rosado |
Orientador | ANA LIDIA COUTINHO GALVAO |
Outros membros | Angélica da Silva Lpes, Antonio Augusto Lopes Neto, Auxiliadora Aparecida Feital, Daniela Freire Molica, Elisabeth Maria Cardoso, Isabel de Luanda Lopes, Priscila Daniele Ladeira |
Título | Caderneta Agroecológica: Potencializando a Autonomia da Mulher Rural |
Resumo | O Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA-ZM) é uma ONG que desenvolve trabalhos de caráter agroecológicos com famílias agricultoras da Zona da Mata Mineira. Um dos seus programas é o “Mulheres e Agroecologia”, criado a partir da lente da agroecologia, do feminismo e da economia feminista. No programa é utilizada a Caderneta Agroecológica (CA), instrumento em que agricultoras registram diariamente o que doam, vendem, consomem e trocam de insumos e produtos de sua responsabilidade. O objetivo deste trabalho é apresentar os resultados do uso da caderneta agroecológica pelas agricultoras. A CA tem como proposta o monitoramento da produção agroecológica da agricultura familiar. Para isso, foram realizadas três visitas de acompanhamento técnico a cada mulher, com entrevista semiestruturada e caminhada transversal em seus quintais. O trabalho da CA foi desenvolvido em 11 municípios da Zona da Mata Mineira ao longo do ano de 2014 e atendeu 64 agricultoras. As informações coletadas e sistematizadas das cadernetas foram importantes para dar visibilidade e valorizar a produção das agricultoras. Uma das estratégias utilizadas para retorno dos resultados sistematizados às mulheres foi a Instalação Artístico-Pedagógica intitulada “Feminismo e Agroecologia: O que os Quintais Agroecológicos têm a nos dizer?” oferecida durante a VII Troca de Saberes na Semana do Fazendeiro da Universidade Federal de Viçosa. Na instalação foi apresentando os primeiros resultados da sistematização da caderneta de forma lúdica e participativa. O debate promovido durante o espaço da instalação, a partir dos dados da caderneta permitiu discutir sobre a importância das mulheres e dos quintais produtivos para reprodução da agricultura familiar e da agroecologia. Como foi colocado pela agricultora “a caderneta vem para nos mostrar aquilo que a mulher acha que não faz. Quando a gente anota tudo que produz e vê tudo que deixa de comprar no mercado, a gente vê que não sabia que trabalhava. Eu chegava a falar: eu estou tão cansada e não fiz nada”. Com a caderneta foi possível demostrar a dupla jornada de trabalho das agricultoras. Contribui também, para dar visibilidade ao aporte econômico gerado pelas mulheres e reconhecimento do trabalho não remunerado das agricultoras, mecanismo de opressão e exploração das mulheres. Através da caderneta também foi perceptível o aumento da autoestima, autonomia e empoderamento das agricultoras, influenciando diretamente em seu cotidiano. Com os resultados finais da sistematização quantitativa e qualitativa dos dados, há a possibilidade de se pensar em políticas públicas direcionadas especificamente às mulheres rurais como o Crédito Rural e ATER. Agradecemos às agricultoras por partilhar suas experiências, aprendizado e aos sorrisos. Aos apoios financeiros tidos pela União Europeia, Orfam e PROEXT-MEC. Ao CTA-ZM, além do apoio financeiro, pela oportunidade de aprendizagem e crescimento |
Palavras-chave | Feminismo e Agroecologia, Agricultoras e quintais produtivos, Economia Feminista no campo |
Forma de apresentação..... | Painel |