Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 3711

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Agricultura, agroecologia e meio ambiente
Setor Departamento de Economia Doméstica
Bolsa PROEXT
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro MEC, Outros
Primeiro autor Priscila Motta Rosado
Orientador ANA LIDIA COUTINHO GALVAO
Outros membros Angélica da Silva Lpes, Antonio Augusto Lopes Neto, Auxiliadora Aparecida Feital, Daniela Freire Molica, Elisabeth Maria Cardoso, Isabel de Luanda Lopes, Priscila Daniele Ladeira
Título Caderneta Agroecológica: Potencializando a Autonomia da Mulher Rural
Resumo O Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA-ZM) é uma ONG que desenvolve trabalhos de caráter agroecológicos com famílias agricultoras da Zona da Mata Mineira. Um dos seus programas é o “Mulheres e Agroecologia”, criado a partir da lente da agroecologia, do feminismo e da economia feminista. No programa é utilizada a Caderneta Agroecológica (CA), instrumento em que agricultoras registram diariamente o que doam, vendem, consomem e trocam de insumos e produtos de sua responsabilidade. O objetivo deste trabalho é apresentar os resultados do uso da caderneta agroecológica pelas agricultoras. A CA tem como proposta o monitoramento da produção agroecológica da agricultura familiar. Para isso, foram realizadas três visitas de acompanhamento técnico a cada mulher, com entrevista semiestruturada e caminhada transversal em seus quintais. O trabalho da CA foi desenvolvido em 11 municípios da Zona da Mata Mineira ao longo do ano de 2014 e atendeu 64 agricultoras. As informações coletadas e sistematizadas das cadernetas foram importantes para dar visibilidade e valorizar a produção das agricultoras. Uma das estratégias utilizadas para retorno dos resultados sistematizados às mulheres foi a Instalação Artístico-Pedagógica intitulada “Feminismo e Agroecologia: O que os Quintais Agroecológicos têm a nos dizer?” oferecida durante a VII Troca de Saberes na Semana do Fazendeiro da Universidade Federal de Viçosa. Na instalação foi apresentando os primeiros resultados da sistematização da caderneta de forma lúdica e participativa. O debate promovido durante o espaço da instalação, a partir dos dados da caderneta permitiu discutir sobre a importância das mulheres e dos quintais produtivos para reprodução da agricultura familiar e da agroecologia. Como foi colocado pela agricultora “a caderneta vem para nos mostrar aquilo que a mulher acha que não faz. Quando a gente anota tudo que produz e vê tudo que deixa de comprar no mercado, a gente vê que não sabia que trabalhava. Eu chegava a falar: eu estou tão cansada e não fiz nada”. Com a caderneta foi possível demostrar a dupla jornada de trabalho das agricultoras. Contribui também, para dar visibilidade ao aporte econômico gerado pelas mulheres e reconhecimento do trabalho não remunerado das agricultoras, mecanismo de opressão e exploração das mulheres. Através da caderneta também foi perceptível o aumento da autoestima, autonomia e empoderamento das agricultoras, influenciando diretamente em seu cotidiano. Com os resultados finais da sistematização quantitativa e qualitativa dos dados, há a possibilidade de se pensar em políticas públicas direcionadas especificamente às mulheres rurais como o Crédito Rural e ATER.
Agradecemos às agricultoras por partilhar suas experiências, aprendizado e aos sorrisos. Aos apoios financeiros tidos pela União Europeia, Orfam e PROEXT-MEC. Ao CTA-ZM, além do apoio financeiro, pela oportunidade de aprendizagem e crescimento
Palavras-chave Feminismo e Agroecologia, Agricultoras e quintais produtivos, Economia Feminista no campo
Forma de apresentação..... Painel
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