Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 3705

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Fisiologia vegetal
Setor Departamento de Fitotecnia
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Sebastián Giraldo Montoya
Orientador SERGIO YOSHIMITSU MOTOIKE
Outros membros Kacilda Naomi Kuki
Título Efeito da herbivoria e do sombreamento simulados nas trocas gasosas de Brachiaria decumbens
Resumo No Brasil, atualmente cerca de 52 milhões de hectares de pastagens estão degradadas. Uma das soluções para recuperação destas áreas é a adoção de sistemas silvipastoris. Estudos afirmam que as árvores neste sistema podem favorecer as condições microclimáticas e edáficas da área cultivada. Porem sabe-se que a redução da luminosidade pelo dossel interfere na produtividade das plantas ferrageiras. Assim, a procura de espécies forrageiras tolerantes ao sombreamento e persistentes no sub-bosque é determinante no sucesso do consórcio. Neste sistema outro fator importante é a herbivoria, a qual constitui uma forma de injuria. Pouco se conhece do efeito fisiológico da herbivoria em Brachiaria decumbens. O objetivo deste trabalho foi estimar o efeito do sombreamento e da herbivoria simulados nos parâmetros de trocas gasosas da gramínea. O experimento foi conduzido em casa de vegetação sob uma estrutura de sustentação para tela de sombrite (70%). Plantas de B. decumbens foram cultivadas em vasos (20L) contendo terra e areia (3:1) e adubadas periodicamente. As plantas foram mantidas em três modalidades de luminosidade: sem sombreamento - SS, sombreamento permanente - ST (sombrite cobrindo a parte superior e lateral da estrutura) e sombreamento parcial - SP (sombrite somente na parte superior da estrutura). As plantas sofreram três ciclos de pastejo simulado, com auxilio de tesoura de poda. Ao final do terceiro ciclo, avaliou-se a fotossíntese liquida (A), condutância estomática (gs) e transpiração (E), com analisador de gás no infravermelho-IRGA (LC pro-SD-ADC), na 3ª folha, a qual sofreu o corte em 1/3 da porção apical. As medições foram realizadas em quatro épocas: 0 (antes do corte), 3, 6 e 10 dias após o corte (I, II, III, IV respectivamente). Os tratamentos foram dispostos em DIC, com 5 repetições. A ANAVA foi feita no programa estatístico SAEG. E foi distinta entre as épocas de avaliação. Os maiores valores de E foram nas épocas III e IV. Na época II foi registrada a menor E. O menor valor de gs ocorreu no ST. No tratamento SS e SP, os valores de gs foram iguais. Nas épocas I e IV foram registradas as maiores médias de gs e a menor, na época II. Os maiores e menores valores (redução de 50%) de A foram registrados no SS e no ST, respectivamente. Os menores valores de A foram obtidos na época II, e os maiores nas épocas I e IV. A queda de E na época II pode ser explicada pela maior restrição estomática, sendo isso uma estratégia de preservação de agua no tecido foliar. Esse fenômeno e a baixa luminosidade contribuíram para a queda de A. Esses resultados apontam que a recuperação da fotossíntese inicia-se no 3º dias após corte. A recuperação ocorre em torno do 10º dia, quando os valores de A aproximam-se aos iniciais. Foi constatado que o sombreamento influencia no rendimento fotossintético de gramínea. Sugere-se que ciclos de pastejo menores que 10 dias podem prejudicar a recuperação fotossintética de B. decumbens, refletindo na perda da produtividade.
Palavras-chave Fotossíntese, braquiária, trocas gasosas
Forma de apresentação..... Painel
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