Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 3664

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Alimentos, nutrição e saúde humana
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Mariane Alves Silva
Orientador SYLVIA DO CARMO CASTRO FRANCESCHINI
Outros membros Carolina Abreu de Carvalho, Poliana Cristina de Almeida Fonsêca, Sarah Aparecida Vieira, SILVIA ELOIZA PRIORE
Título Perfil Alimentar de Nutrizes e Crianças em Alimentação Complementar do Município de Viçosa, Minas Gerais.
Resumo Introdução: Na infância tem-se um intenso desenvolvimento físico, intelectual e emocional, o que determina uma elevada demanda de energia e nutrientes. Desta forma, nesse período há necessidade de consumir alimentos em quantidade e diversidade adequadas, tendo em vista que um comprometimento no estado nutricional pode resultar em maiores taxas de morbidade, comprometendo ou prejudicando o aprendizado da criança. Estudos sobre consumo alimentar de crianças são de suma relevância para a investigação das práticas alimentares que podem estar envolvidas com o aumento pronunciado da taxa de sobrepeso neste grupo, assim como das carências de micronutrientes.
Objetivo: Avaliar a composição dietética e o perfil alimentar do binômio mãe-filho durante um ano, após o parto em uma coorte do município de Viçosa, Minas Gerais.
Metodologia: Trata-se de um estudo transversal realizado com 252 mães e filhos, no período de 2011 a 2013. No sexto mês foram avaliadas 118 crianças, 148 no nono mês e 122 no décimo segundo mês de vida. Quanto às mães foi avaliado o registro alimentar de 200 no sexto mês, 148 no nono e 104 no décimo segundo mês da criança. Aplicou-se um questionário contendo questões referentes ao hábito alimentar materno e infantil e Recordatórios de 24 horas (R24h) referente à alimentação da criança e da mãe. A partir dos dados do consumo alimentar foram mensurados energia, proteínas, carboidratos, gorduras, fibras, ferro, cálcio, zinco, sódio e vitamina A e C e as quantidades foram comparadas com as Dietary Reference Intakes (DRI) (IOM, 2001). Calculou-se a prevalência de inadequação dos micronutrientes utilizando-se como referência a Estimated Average Requirements (EAR) e a Adequate Intakes (AI) para aqueles que não possuíam a EAR.
Resultado: Encontrou-se uma alta prevalência de crianças com consumo de ferro abaixo do recomendado no nono e décimo segundo mês. Percebe-se ainda, uma diminuição na prevalência do aleitamento materno exclusivo do 1º mês para o 4º, e em contrapartida, um aumento no percentual do aleitamento materno misto e artificial. Ao completar um ano de idade 65,4% (n=68) das crianças estavam em aleitamento materno. Quanto ao consumo materno, encontrou-se uma prevalência inadequada na ingestão de cálcio, ferro e zinco, vitamina A e vitamina C.
Conclusão: A partir dos resultados obtidos na avaliação do consumo alimentar das mães e crianças, percebe-se uma elevada prevalência de ingestão inadequada dos nutrientes, principalmente no que se refere à alimentação das mães, podendo refletir de maneira negativa no estado nutricional infantil. Encontrou-se ainda, uma diminuição no aleitamento materno exclusivo e, como consequência, um aumento no consumo de fórmulas e leite de vaca. Tais resultados apontam para a necessidade de políticas de incentivo ao aleitamento materno exclusivo até o sexto mês e da correta introdução da alimentação complementar, no tempo adequado e com alimentos fontes dos nutrientes essenciais à criança.
Palavras-chave alimentação infantil, aleitamento materno, carências nutricionais
Forma de apresentação..... Painel
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