Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 3641

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Linguística
Setor Departamento de Letras
Bolsa PROBIC/FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Edmundo Gomes Corrêa Júnior
Orientador MONICA SANTOS DE SOUZA MELO
Título Identidades no discurso espírita: uma análise semiolinguística de mensagens psicografadas por Chico Xavier.
Resumo Em nossa pesquisa abordamos o discurso religioso espírita a partir da obra de um dos seus principais representantes: o médium Francisco Cândido Xavier (Chico Xavier). Lembrando que tal autor é um fenômeno de vendas: com os seus mais de 450 livros vendidos, cujos direitos autorais são totalmente revertidos para instituições de caridade e editoras espíritas, influência de Xavier e de sua obra colaborou para o crescimento do espiritismo no Brasil.
Focalizamos, assim, a extensa produção desse autor. Com o livro “Cartas do Coração”, publicado em 1952, livro que inclui mensagens em prosa e poemas cuja autoria é atribuída a espíritos.
Analisamos suas mensagens do ponto de vista de sua organização discursiva e da construção de ethos, abordando, a partir daí, a questão das identidades nelas propostas, a fim de subsidiar debates em torno da autoria desses textos.
Tivemos por objetivos identificar as diferentes identidades construídas em textos mediúnicos a partir da descrição, análise e comparação de mensagens psicografadas por Chico Xavier; bem como descrever a composição linguística e discursiva das mensagens selecionadas, compreendendo os modos de organização enunciativo, argumentativo, narrativo e descritivo, nos termos propostos por Charaudeau (1992).
Comentamos também sobre os pastiches literários e a produção de Chico Xavier, que declarava, por exemplo, não ter conhecimento prévio da literatura da
maior parte dos autores que assinam seus textos. Uma diferença percebida: nos pastiches, o autor a quem o texto é atribuído é representado, quase
sempre, no mundo material e antes de sua morte; nos escritos de Chico Xavier, localiza-se, após sua morte, no além-túmulo. Uma segunda diferença: na obra de Chico Xavier, o número de autores
(muitas centenas) e a extensão dos textos são muito maiores do que nos pastichadores. A técnica de escrita é também distinta: diferentemente dos pastichadores, Chico Xavier produzia seus textos em transe. Deixamos, enfim, por conta do leitor aceitar ou não as
declarações às quais chegamos.
A relevância de tal proposta de pesquisa reside, primeiramente, no fato de essa tentar preencher uma lacuna em relação a pesquisas relacionadas ao tema. Ao focalizar a organização discursiva dos textos que compõem o corpus e a relação entre eles, assim como as representações por eles engendradas, priorizamos a relação entre sua estrutura interna e seu contexto de produção, que vai ao encontro das atuais tendências da Linguística, de se abrir cada vez mais a parcerias com outras áreas, tais como a Sociologia e a Religião. Devemos ressaltar, ainda, o caráter peculiar de que o corpus se reveste, uma vez que o discurso religioso, especificamente o espírita, é um fenômeno pouco estudado.
Palavras-chave Linguística, Espiritismo, Chico Xavier.
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,71 segundos.