ISSN | 2237-9045 |
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Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Graduação |
Modalidade | Pesquisa |
Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
Área temática | Linguística |
Setor | Departamento de Letras |
Bolsa | PROBIC/FAPEMIG |
Conclusão de bolsa | Sim |
Apoio financeiro | FAPEMIG |
Primeiro autor | Edmundo Gomes Corrêa Júnior |
Orientador | MONICA SANTOS DE SOUZA MELO |
Título | Identidades no discurso espírita: uma análise semiolinguística de mensagens psicografadas por Chico Xavier. |
Resumo | Em nossa pesquisa abordamos o discurso religioso espírita a partir da obra de um dos seus principais representantes: o médium Francisco Cândido Xavier (Chico Xavier). Lembrando que tal autor é um fenômeno de vendas: com os seus mais de 450 livros vendidos, cujos direitos autorais são totalmente revertidos para instituições de caridade e editoras espíritas, influência de Xavier e de sua obra colaborou para o crescimento do espiritismo no Brasil. Focalizamos, assim, a extensa produção desse autor. Com o livro “Cartas do Coração”, publicado em 1952, livro que inclui mensagens em prosa e poemas cuja autoria é atribuída a espíritos. Analisamos suas mensagens do ponto de vista de sua organização discursiva e da construção de ethos, abordando, a partir daí, a questão das identidades nelas propostas, a fim de subsidiar debates em torno da autoria desses textos. Tivemos por objetivos identificar as diferentes identidades construídas em textos mediúnicos a partir da descrição, análise e comparação de mensagens psicografadas por Chico Xavier; bem como descrever a composição linguística e discursiva das mensagens selecionadas, compreendendo os modos de organização enunciativo, argumentativo, narrativo e descritivo, nos termos propostos por Charaudeau (1992). Comentamos também sobre os pastiches literários e a produção de Chico Xavier, que declarava, por exemplo, não ter conhecimento prévio da literatura da maior parte dos autores que assinam seus textos. Uma diferença percebida: nos pastiches, o autor a quem o texto é atribuído é representado, quase sempre, no mundo material e antes de sua morte; nos escritos de Chico Xavier, localiza-se, após sua morte, no além-túmulo. Uma segunda diferença: na obra de Chico Xavier, o número de autores (muitas centenas) e a extensão dos textos são muito maiores do que nos pastichadores. A técnica de escrita é também distinta: diferentemente dos pastichadores, Chico Xavier produzia seus textos em transe. Deixamos, enfim, por conta do leitor aceitar ou não as declarações às quais chegamos. A relevância de tal proposta de pesquisa reside, primeiramente, no fato de essa tentar preencher uma lacuna em relação a pesquisas relacionadas ao tema. Ao focalizar a organização discursiva dos textos que compõem o corpus e a relação entre eles, assim como as representações por eles engendradas, priorizamos a relação entre sua estrutura interna e seu contexto de produção, que vai ao encontro das atuais tendências da Linguística, de se abrir cada vez mais a parcerias com outras áreas, tais como a Sociologia e a Religião. Devemos ressaltar, ainda, o caráter peculiar de que o corpus se reveste, uma vez que o discurso religioso, especificamente o espírita, é um fenômeno pouco estudado. |
Palavras-chave | Linguística, Espiritismo, Chico Xavier. |
Forma de apresentação..... | Painel |