Resumo |
INTRODUÇÃO: A educação inclusiva visa garantir o acesso de todas as pessoas, sem distinção de qualquer natureza. Neste contexto de inclusão, entende-se que os profissionais da educação e saúde desempenham importantes papéis como mediadores desse processo. OBJETIVOS: Promover reflexão e sensibilização dos integrantes da Escola Municipal Coronel Antônio da Silva Bernardes (CASB), no intuito de contribuir para formação de agentes multiplicadores de ensino em saúde na perspectiva da educação inclusiva, permitindo, assim, a inclusão de pessoas com deficiência no debate de temas acerca da saúde na escola, possibilitando um espaço para reflexão e desconstrução de possíveis preconceitos em relação às pessoas deficientes. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo longitudinal, o qual se iniciou em agosto de 2013 e tem fim estimado para agosto de 2016. A amostra é composta por 524 alunos, 38 professores, e 30 funcionários da escola CASB, sendo que a escola possui alunos cadeirantes e outros com déficits cognitivos diversos. As ações foram divididas em três momentos: preparação da equipe, conhecimento do contexto escolar e intervenções efetivadas por meio das oficinas. Professores e funcionários responderam a um questionário sobre formação profissional e experiência com inclusão, a fim de caracterizá-los quanto a seus conhecimentos prévios sobre educação inclusiva. Foram também realizadas reuniões com professores para discutir os principais desafios encontrados atualmente no contexto escolar. Os discentes da escola participaram de dois meses de atividades e oficinas, abordando temáticas relacionadas aos hábitos de higiene pessoal, bem como atividades com enfoque na inclusão de pessoas com deficiência no esporte. RESULTADOS: Devido ao fato de o projeto ter a extensão de três anos, são encontrados resultados preliminares. Estes revelam, a partir da análise dos questionários respondidos por professores e funcionários do colégio, que estes não têm experiências com a inclusão de deficiências no contexto escolar, e se sentem inseguros quando confrontados com esta realidade. Sinalizam, também, a necessidade de cursos de formação continuada que englobem tal tema. Por observação direta do contexto escolar, as oficinas relacionadas a temática higiene corporal parecem ter causado pouco efeito, já que visualmente os alunos parecem não ter adquirido hábitos relacionados ao tema devido, principalmente, ao seu contexto social. No que tange as oficinas relacionadas a inclusão no esporte, os alunos mostraram-se interessados no tema, ao mesmo tempo que apresentaram desconhecimento sobre o assunto. CONCLUSÃO: A partir dos dados preliminares, observa-se uma carência na formação do profissional da educação associada à inclusão de diferenças. A partir das oficinas de higiene, conclui-se que, em vão trabalha a escola se a família não participar efetivamente na construção de hábitos de saúde, recebendo orientação apropriada de outras esferas sociais. |