Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 3589

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Clínica e cirurgia animal
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Mariana Brettas Silva
Orientador MARIA VERONICA DE SOUZA
Outros membros Gabriela Francine Martins Lopes, Hélio Batista dos Santos, Ralph Gruppi Thomé, Rosy Iara Maciel de Azambuja Ribeiro
Título Avaliação do efeito terapêutico do plasma rico em plaquetas mediante imunomarcação dos colágenos tipo I e III em pele de equino
Resumo Introdução: o plasma rico em plaquetas (PRP), fonte autógena de fatores de crescimento, é considerado uma terapia atóxica e não imunorreativa. Entretanto, há controvérsia sobre sua eficácia na cicatrização cutânea. Objetivo: verificar o efeito terapêutico do PRP mediante avaliação da expressão do colágeno (COL) tipo I e III por imunoistoquímica. Material e Métodos: foram utilizados sete equinos machos castrados, mestiços, hígidos, com idade entre 16 e 17 anos. Três lesões em formato quadrangular (6,25cm2) foram produzidas cirurgicamente nas regiões glúteas direita e esquerda. Doze horas após indução das feridas, 0,5 mL do PRP foi administrado em cada uma das quatro extremidades das feridas de uma das regiões glúteas (Grupo tratado: GT), escolhida aleatoriamente. A região contralateral foi utilizada como controle (GC). As feridas foram submetidas à limpeza diária, e amostras foram obtidas por biópsias realizadas com Punch de 6 mm. Foram obtidas três biópsias, sendo a primeira logo após a produção da ferida (T0) e a segunda com 14 (T1) dias. A terceira (T2) foi realizada após completo fechamento da pele, que ocorreu aproximadamente aos 37 dias (36,85±7,45, GC; 38,85±6,46, GT). Após processamento das amostras como de rotina, foi realizada imunoistoquímica, utilizando os anticorpos primários anti-colágeno I (Ab90395) e III (Ab7778). A área imunomarcada foi avaliada por dois observadores em 10 imagens obtidas aleatoriamente, adotando o seguinte critério: 0: ausência de coloração detectável, 1: marcação fraca, 2: moderada e 3: intensa. As imagens foram obtidas em aumento de 200x, com câmera digital acoplada ao microscópio Axio Lab.1 (Zeiss), sendo analisadas com o software AxioVision 4.2 (Zeiss). A área da cicatrização foi padronizada onde a pele recém-formada apresentava epitélio de revestimento estratificado espesso e derme sem a presença de anexos nos tempos de avaliação. Para controle positivo foram utilizados tendão e testículo e para o negativo os cortes não receberam o anticorpo primário. Os dados foram analisados por ANOVA (p<0,05). Resultados: o tecido da borda da cicatriz apresentou na camada papilar e na reticular forte marcação para o COLs III e I, respectivamente. A derme reticular na área da cicatrização apresentou fraca marcação para o COL I, e forte para COL III. Análise da área imunomarcada não revelou diferença (p>0,05) entre grupos. O COL III apresentou importante aumento (p<0,05) da marcação em T2 quando comparada com T1. Na avaliação geral, o COL III apresentou marcação mais intensa que o COL I. Conclusão: a terapia com PRP não influencia na formação dos COLs I e III em avaliação imunoistoquímica realizada aos 14 e 37 dias do processo de cicatrização cutânea de equinos. No entanto, a maior marcação para COL III sugere que o tecido ainda se encontra fragilizado aos 37 dias, evidenciando que a cicatrização não foi completamente finalizada. Adicionalmente, o tratamento não resulta em fechamento mais rápido da ferida cirúrgica.
Palavras-chave cavalos, componente rico em plaquetas, imunoistoquímica
Forma de apresentação..... Oral
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