Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 3587

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Alimentos, nutrição e saúde humana
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa PROBIC/FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Daniel Pereira de Oliveira
Orientador NELIO JOSE DE ANDRADE
Outros membros Hiasmyne Silva de Medeiros, JACKLINE FREITAS BRILHANTE DE SÃO JOSÉ, Lorena Dutra Silva
Título Efeito do ultrassom combinado ou não a agentes químicos na microbiota natural e nas características físico-químicas de tomate cereja (Lycopersicon esculentum var. cerasiforme)
Resumo A etapa de lavagem associada ao uso de soluções sanitizantes é considerada a única etapa do processamento mínimo de frutas e hortaliças que reduz o número de micro-organismos deterioradores e patogênicos, contribuindo assim, para a segurança do produto. Neste estudo, ácido lático, detergente a base de tensoativos, nanopartículas de prata, ultrassom e os agentes químicos associados ao ultrassom foram avaliados quanto ao efeito nas características microbiológicas e físico-químicas de tomates cerejas armazenados a 7 °C. As análises microbiológicas consistiram de avaliação de mesófilos aeróbios, fungos filamentosos e leveduras, coliformes a 35 °C, bactérias láticas e psicrotróficos aeróbios. Foram realizadas análises físico-químicas: acidez titulável, pH, teor de sólidos solúveis, cor instrumental, firmeza, teor de licopeno, betacaroteno e ácido ascórbico. Logo após a sanitização, a contagem de mesófilos aeróbios reduziu de 0,27 a 2,33 log UFC•g-1 de acordo com o tratamento aplicado. As contagens de fungos filamentosos e leveduras logo após a sanitização e ao final do período de armazenamento foram igual a 4,70 e 6,13 log UFC•g-1, respectivamente. Dentre os tratamentos propostos, destacaram-se o uso de ácido lático 1 %, nanopartículas de prata 6 mg•L-1 e ultrassom associado a estes dois sanitizantes que reduziram em média 2 log UFC•g-1 a população de coliformes a 35 °C. Os tratamentos de sanitização reduziram de 0,41 a 2,64 log UFC•g-1 o número de bactérias láticas. A contagem média de psicrotróficos aeróbios logo após a sanitização foi 3,90 a 6,29 log UFC•g-1 e ao final do armazenamento, os tomates cerejas sanitizados alcançaram contagens entre 5,07 e 7,70 log UFC•g-1. De forma geral, os tratamentos com ácido lático 1 %, nanopartículas de prata 6 mg•L-1 e estes tratamentos em associação ao ultrassom apresentaram maiores reduções dos micro-organismos avaliados. Não houve alteração dos valores de acidez titulável, pH, sólidos solúveis, cor instrumental, firmeza da polpa, conteúdo de licopeno e betacaroteno após os tratamentos de sanitização e ao longo do período de 10 dias a 7 °C. Observou-se que os tomates cereja tratados com ultrassom apresentaram menores valores de firmeza, e o conteúdo de ácido ascórbico modificou nos tomates submetidos a diferentes tratamentos aplicados e ao longo do armazenamento e aumentou com o tratamento com dicloroisocianurato de sódio, detergente a base de tensoativos, ácido lático, ultrassom associado ao detergente e ultrassom associado a nanopartículas de prata. Estes resultados indicam que os tratamentos de sanitização avaliados têm potencial para aplicação em tomates cereja, sendo que o tratamento com ultrassom e ácido lático apresentou maior efeito na redução da contaminação microbiológica e não afetou as demais características de qualidade da hortaliça.
Palavras-chave microbiologia, sanitizantes, ultrassom
Forma de apresentação..... Painel
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