Resumo |
O consórcio do milho com espécies forrageiras é prática comum no Brasil, principalmente em áreas de renovação de pastagem. O manejo incorreto do sistema pode comprometer o sucesso deste sistema. Acredita-se que o estudo da fisiologia das espécies em consórcio possa auxiliar na determinação de melhores arranjos de plantas e manejos mais eficientes. Neste sentido objetivou-se avaliar os efeitos de arranjos de plantas e manejo químico da braquiária sobre as características fisiológicas e rendimento do milho. Para instalação do experimento foi empregado o sistema de plantio direto realizando-se a prévia dessecação sete dias antes do plantio das culturas. O híbrido de milho DKB 390 foi semeado no dia 20 de outubro de 2011, na mesma data de plantio do milho realizou-se também a semeadura da Urochloa brizantha na mesma linha da cultura, com a quantidade de sementes de braquiária em função das definições de cada tratamento. Foram realizados dois experimentos no delineamento de blocos casualizados, com quatro repetições. No primeiro o milho foi semeado de espaçamento de 0,5 m entre linhas e no espaçamento de 1,00 m. Os tratamentos foram arranjados da mesma maneira nos dois experimentos, em esquema fatorial 2x4, sendo o primeiro fator a dose aplicada do nicosulfuron (0 e 8 g ha-1) e como segundo as densidades de semeadura da forrageira (0, 2, 4 e 6 kg de sementes por hectare). A aplicação do nicosulfuron afetou negativamente a condutância estomática, a concentração interna de carbono e incrementou o consumo de CO2 e a eficiência no uso da água das plantas de milho. A taxa fotossintética não foi alterada pela aplicação do herbicida, mas apresentou menores valores no espaçamento de 0,50 m, enquanto que a produtividade não se diferenciou entre os espaçamentos, sendo esta maior com a aplicação da subdose do nicosulfuron. O aumento da densidade de braquiária promoveu alterações negativas na eficiência no uso da água com reflexos diretos sobre a produtividade da cultura, sendo superior na ausência da aplicação do herbicida. A resposta fisiológica e consequentemente a produtividade do milho, variam de acordo com o arranjo de plantas e com o manejo da forrageira adotados. |