Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 3531

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Alimentos, nutrição e saúde humana
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Tatiana Moreira Costa
Orientador JULIANA FARIAS DE NOVAES
Outros membros Elma Izze da Silva Magalhães, LUCIANA FERREIRA DA ROCHA SANT ANA
Título Relação da ingestão de cálcio com fatores de risco cardiovasculares na infância.
Resumo Sabe-se que a prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças tem se tornado um dos mais significativos problemas de saúde pública da atualidade. Vários estudos têm observado associações entre a ingestão de cálcio com a obesidade, adiposidade corporal, dislipidemias, resistência à insulina e hipertensão arterial, no entanto, não é claro se o cálcio por si só apresenta esse impacto ou se o impacto ocorre de outros componentes presentes nos alimentos. Este estudo objetivou avaliar a ingestão de cálcio e sua associação com fatores de risco cardiovasculares na infância. Foi realizado um estudo transversal com 347 crianças de 8 e 9 anos de idade da rede pública e privada do município de Viçosa (MG). Realizou-se a aferição do peso e estatura para o cálculo do índice de massa corporal (IMC). Solicitou-se o preenchimento de três registros alimentares em dias não consecutivos incluindo um dia no fim de semana e foram realizados exames bioquímicas. O estado nutricional foi classificado segundo os pontos de corte de IMC/idade propostos pela Organização Mundial de Saúde (2007). A ingestão dietética foi avaliada de acordo com as Dietary Reference Intakes (DRI) propostas pelo Institute of Medicine. A estatística descritiva e o teste qui-quadrado de Pearson foram utilizados para análise dos dados. Das crianças estudadas, 59,1% eram do sexo feminino, sendo a maioria (77,8%) de escolas públicas e residentes na zona urbana (91,1%). Quanto ao estado nutricional, 63,7% das crianças encontravam-se eutróficas, 20,2% com sobrepeso e 11,8% com obesidade. Em relação ao perfil lipídico, observou-se que mais da metade das crianças apresentavam níveis séricos de colesterol total elevados (55,9%), e 6,4% apresentavam hipertrigliceridemia. A maioria das crianças (96,2%) tinha uma ingestão diária de cálcio abaixo da recomendação. Em relação ao consumo de leite e derivados, observou-se que menos de 5% das crianças consumiam a recomendação de no mínimo 3 porções por dia desse grupo de alimentos. Foi observada associação significante entre os níveis de colesterol total (p=0,02) e LDL-colesterol (p=0,02) com consumo diário adequado de cálcio. Quanto ao consumo de leite e derivados, notou-se associação estatística negativa somente para os valores da pressão arterial diastólica (p=0,01). Conclui-se que as crianças apresentaram um consumo de cálcio e leite e derivados abaixo do recomendado; houve um aumento do colesterol total e LDL-colesterol nas crianças que apresentaram consumo adequado de cálcio e uma redução da pressão arterial diastólica nas crianças que ingeriam mais de três porções de leite e derivados ao dia. O estado nutricional da maioria das crianças encontrava-se adequado, no entanto é necessário um cuidado especial nessa fase devido ao fenômeno de transição nutricional, marcada pelo aumento do excesso de peso e deficiente consumo de micronutrientes importantes para o crescimento tais como cálcio.
Palavras-chave Cálcio, crianças, fatores de risco cardiovasculares
Forma de apresentação..... Painel
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