Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 3524

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agricultura, agroecologia e meio ambiente
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Alana Vieira Figueiredo
Orientador Maria Regina de Miranda Souza
Outros membros Ivan de Paiva Barbosa Magalhães
Título PERFIL DA PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS EM MUNICÍPIOS Da ZONA DA MATA - MG
Resumo Plantas medicinais são aquelas com aplicação terapêutica cujo conhecimento é baseado no saber popular e na prática cultural de grupos tradicionais. Os medicamentos fitoterápicos são obtidos pela industrialização das plantas medicinais, permitindo a inovação em saúde e agregação de valor ao produto. Em 2010 a Secretaria Estadual da Saúde em Minas Gerais lançou o Programa Componente Verde que prevê a produção pelos agricultores e disponibilização a usuários pelo SUS. O objetivo deste trabalho foi caracterizar o perfil de produção e de comercialização de plantas medicinais nos municípios de Araponga, Ervália e Viçosa, em MG, com o intuito de gerar subsídios para orientar ações de pesquisa e extensão relacionadas com a sua produção e com a implantação do Componente Verde. Foram feitas visitas, seguidas de entrevistas semi-estruturadas às hortas das Escolas Família Agrícola (EFA) Puris e EFA Serra do brigadeiro, em Araponga e Ervália, respectivamente, ao Grupo Entre-Folhas, à coordenação da Pastoral da Igreja Católica, e aos estabelecimentos farmacêuticos que comercializam plantas medicinais em Viçosa. Na EFA de Araponga e de Ervália, as plantas medicinais são utilizadas em forma de chás, tintura e homeopatia e em Ervália prevê-se ampliação da horta com o cultivo de 21 espécies medicinais, em 2014. O Grupo Entre-Folhas cultiva espécies medicinais ofertadas em forma de tintura e preparados com combinações de plantas. Nos estabelecimentos comerciais essas apresentam-se na forma de droga vegetal ou de medicamento fitoterápico. Os resultados mostram que o uso de plantas medicinais nos municípios contemplados encontra-se culturalmente estabelecido. Porém a produção e comercialização das plantas são restritas em termos de quantidade e abrangência, considerando às selecionadas pelo Programa Componente Verde. Embora essas espécies estejam presentes nas farmácias de manipulação e de produtos naturais em algumas lojas, a demanda por produtos costuma ser maior que a oferta. Não foram identificados produtores locais, a não ser o Grupo Entre-folhas. A matéria-prima fornecida para a comercialização é oriunda principalmente de São Paulo e Belo Horizonte. De acordo com os entrevistados, é importante ter fornecedores próximos para que os estoques sejam repostos com maior agilidade. Além do benefício econômico, em Viçosa há uma perspectiva relacionada ao aspecto social, que é a criação um espaço para produção de plantas medicinais, sob a coordenação de um grupo de pastoral da Igreja Católica, para inclusão social de pessoas carentes. Além disso, o município foi contemplado com recursos do Ministério da Saúde para a implantação de uma Farmácia Viva. A iminente implantação do Programa Componente Verde em Viçosa e a carência de fornecedores locais de matéria-prima sugerem que a produção e plantas medicinais pode constituir uma atividade econômica promissora, em especial das plantas listadas no Programa Componente Verde.
Palavras-chave Plantas medicinais, Programa Componente Verde, Fitoterápicos
Forma de apresentação..... Painel
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