Outros membros |
Carina Aparecida Pinto, Dayana Ladeira Macedo Pereira, Dayane de Castro Morais, Fernanda Batista Ladeira, Géssyca Corzino Medina, Janaina Aparecida Leite Duarte, Káren Nathália Gurgel Câmara, Marcella Naiara Carvalho Leal |
Resumo |
Introdução: Adolescência é a fase de transição entre a infância e a vida adulta, onde o adolescente começa a tomar suas próprias decisões e formar opiniões, inclusive relativas ao consumo alimentar. Nessa fase, ocorrem mudanças biológicas, psicológicas, comportamentais e físicas, sendo assim considerada vulnerável a erros alimentares que podem ter como consequência distúrbios nutricionais, como baixo ou excesso de peso. Objetivo: Analisar o estado nutricional dos adolescentes do Colégio de Aplicação e promover ações de melhoria da saúde e qualidade de vida. Métodos: Estagiárias em Nutrição da Universidade Federal de Viçosa realizaram avaliação antropométrica dos alunos do 1° ano que ingressaram no colégio nos anos de 2012, 2013 e 2014. Aferiu-se medidas de peso (kg), estatura (cm) e perímetro da cintura (cm). Calculou-se o índice de massa corporal (IMC) (kg/m²). Avaliou-se os índices antropométricos IMC/Idade e Estatura/Idade, utilizando o programa Who Anthro Plus segundo a referência da Organização Mundial de Saúde (OMS) de 2007. Calculou-se relação cintura/estatura (RCE), sendo valores maiores que 0,5 indicativos de risco cardiovascular. Realizou-se estatística descritiva, teste de qui-quadrado de Pearson para RCE e sexo e qui-quadrado de tendência linear para estado nutricional e sexo. Resultados: Durante os três anos avaliaram-se 401 estudantes sendo 124 em 2012, 147 em 2013 e 130 em 2014, dentre os quais 211 (52,6%) eram do sexo feminino. Na avaliação do estado nutricional, 83,5% (n=335) encontravam-se eutróficos, 14% (n=56) com excesso de peso, 2,5% (n=10) baixo peso e 0,5% (n=2) baixa estatura para idade. Observou-se associação entre sexo e estado nutricional, sendo o excesso de peso mais presente no masculino (n=39) e o baixo peso igualmente distribuído entre os sexos (p=0,001). Em relação à RCE, 6,7% (n=27) apresentavam risco cardiovascular, sendo o risco mais presente no sexo masculino (n=20) (p=0,004). Observou-se correlação entre IMC e RCE (r=0,864; p<0,001), IMC e perímetro da cintura (r=0,789; p<0,001) e altura e RCE (r=-0,118; p=0,018). Conclusão: A partir da avaliação nutricional, realizou-se ações educativas relacionadas com alimentação e nutrição, utilizando-se murais fixados no pátio do colégio, visando melhoria dos hábitos alimentares e de saúde dos adolescentes. Ressalta-se que os alunos que apresentaram alguma distrofia (baixo peso, excesso de peso, baixa estatura e risco cardiovascular pela RCE) foram encaminhados para atendimento nutricional no Programa de Atenção à Saúde do Adolescente – PROASA – na Divisão de Saúde da UFV. Avaliar o estado nutricional dos adolescentes que ingressam no colégio é muito importante, pois permite que as ações de educação alimentar e nutricional sejam mais específicas, conforme resultados encontrados, e consequentemente repercutam de forma positiva no estado de saúde dos mesmos. |