Resumo |
O experimento foi conduzido com o objetivo de se avaliar os efeitos de níveis de lisina digestível em rações suplementadas ou não com ractopamina para suínos em terminação sobre o desempenho, características de carcaça e qualidade da carne, nos períodos de inverno e verão. O experimento foi conduzido na Granja de Suínos da Fazenda Experimental Vale do Piranga nos meses de setembro, outubro e novembro de 2013. Foram utilizados 128 suínos híbridos comerciais selecionados para deposição de carne, machos castrados, com peso médio de 78,20 ± 2,05 kg. Os animais foram distribuídos em delineamento experimental de blocos ao acaso, em arranjo fatorial 4 x 2 - quatro níveis de lisina digestível, dois níveis de ractopamina (0 e 10ppm) – com oito repetições e dois animais por unidade experimental. Os tratamentos foram constituídos de uma ração basal suplementada com L-lisina HCl e ractopamina (0 e 10 ppm), em substituição ao amido. Não houve interação entre os níveis de lisina digestível e a suplementação de ractopamina (RAC) não afetaram os parâmetros de desempenho, características de carcaça e de qualidade de carne avaliados nos animais. A adição de RAC na ração melhorou cerca de 4,92% o PF e cerca de 16,06% o GPD dos animais embora não tenha exercido efeito sobre o CRD. Foi observado efeito linear crescente dos níveis de lisina sobre o consumo de lisina diário dos animais. A adição de RAC na ração não modificou a ingestão de lisina dos animais. Os níveis de lisina digestível em rações sem a suplementação de RAC não afetaram a conversão alimentar dos suínos. No entanto, o aumento dos níveis de lisina com adição de RAC melhorou a CA de forma linear. O aumento da lisina digestível nas rações não modificou a profundidade de lombo (PL), a espessura de toucinho (ET) e o rendimento de carcaça (RC) dos animais. A inclusão de RAC na ração possibilitou aumentos na PL, na EP e no RC em comparação aos suínos que consumiram as rações sem a adição de RAC. A quantidade (QCM) e a porcentagem de carne magra (PCM) foram modificadas de forma linear crescente com o aumento do nível de lisina digestível na ração. A adição de RAC melhorou a QCM e a PCM na carcaça dos animais em 12,07% e 1,90%, respectivamente. Concluiu-se que a suplementação com ractopamina melhora o desempenho e não interfere na qualidade de carne de suínos machos castrados no período de verão. O nível estimado de 0,730% de lisina em rações sem a suplementação com ractopamina proporciona os melhores resultados de conversão alimentar enquanto o nível de 1,030 de lisina digestível em rações com a inclusão de ractopamina proporciona os melhores resultados de conversão alimentar para suínos machos castrados no período de inverno. A inclusão de ractopamina resultou em maior eficiência dos suínos nos parâmetros de desempenho e de características de carcaça. Contudo a inclusão de ractopamina não influenciou os parâmetros de qualidade de carne, exceto as características de cor. |