Resumo |
O Sistema Silvipastoril é uma das alternativas de recuperação de pastagens degradadas e conservação dos recursos naturais tendo em vista que o sistema promove melhor cobertura do solo e contribui de forma significativa para a diminuição da erosão e consequente aumento da infiltração de água no solo. Esses sistemas já são divulgados e implantados em algumas regiões de Minas Gerais e do Brasil, mas, o manejo do pasto e dos animais, neste sistema, ainda necessita de melhores esclarecimentos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a produtividade e dinâmica do acúmulo de forragem do capim-Marandu em sistema silvipastoril. O estudo foi realizado na Fazenda Floresta, localizada no município de Visconde do Rio Branco, Minas Gerais. Em dezembro de 2010, plantou-se eucalipto no espaçamento de plantio 10 x 3 m no sentido leste-oeste. Amostras de solo de toda a área experimental foram coletadas para análises químicas e, posteriormente, realizou-se a calagem e adubação fosfatada. Utilizou-se o delineamento de blocos completos casualizados, com três tratamentos e quatro repetições, totalizando doze unidades experimentais. Para manejo de intervalo de desfolhação do pasto adotou-se o critério da altura do pasto de 25, 35, e 45 cm, que constituíram os três tratamentos. O método de pastejo utilizado foi o rotacionado com taxa de lotação variável. Como agentes desfolhantes utilizou-se novilhas em fase de recria com peso médio de 150 kg. A determinação da massa de forragem nas condições de pré-pastejo foi realizada por meio de amostragens diretas em que foram colhidas quatro amostras do pasto por piquete experimental. Para a avaliação dos componentes da forrageira, lâminas foliares, colmos e material morto, separou-se, manualmente, uma alíquota representativa das amostras utilizadas para determinação da massa de forragem de pré-pastejo. Os resultados foram submetidos à análise de variância com aplicação do teste F, utilizando o programa estatístico SAS. As médias entre os tratamentos são estimadas utilizando o teste de Tukey, a 5% de probabilidade. A massa de forragem (kg/ha de MS/ciclo) do capim-marandu variou (p<0,05) conforme os tratamentos (25, 35 e 45 cm). A maior massa de forragem se observou no tratamento 45 cm. Já os tratamentos 35 e 25 cm apresentaram massas de 2459,62, 1480,76 e 656,68 kg/ha de MS/ciclo, respectivamente. O tratamento 45 cm teve dois ciclos, o 35 cm, três ciclos, e, o 25 cm, quatro ciclos. Assim, não se observou diferença entre os tratamentos 35 e 45 cm quando considerado a massa de forragem em todo o período experimental. Além disso, a massa de folha nos tratamentos 25, 35 e 45 cm foi semelhante. Porém, a massa de colmo e senescência foi maior no tratamento 45 cm, seguida pelos tratamentos 35 e 25 cm. Durante o período experimental, o tratamento 35 cm apresentou melhores características produtivas e morfológicas em sistema silvipastoril. |