Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 3470

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Biologia, produção e manejo animal
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Graziela Domingues de Almeida Lima
Orientador MARIANA MACHADO NEVES
Outros membros Beatriz Viana Valente, Camila Alves Martins, Marcela Nascimento Sertorio, Marli do Carmo Cupertino
Título Dose única de cádmio promove remodelamento do tecido epididimário em ratos
Resumo O cádmio é um metal pesado extremamente tóxico e desprovido de funções biológicas, uma vez que não participa das reações bioquímicas necessárias à manutenção da vida. No entanto, ele pode estar presente no solo, em águas superficiais e plantas, sendo inserido na natureza a partir de atividades humanas, como a mineração e o uso de fertilizantes. Vários estudos avaliaram os efeitos deste metal na histologia de órgãos reprodutivos, principalmente no testículo, mas pouco se sabe sobre seu efeito no epidídimo, que é o órgão responsável pela maturação e estocagem espermática. Portanto, o presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos do cádmio sobre a arquitetura tecidual e os tipos de fibras colágenas presentes na região da cauda do epidídimo de ratos Wistar. Oito animais foram divididos aleatoriamente em dois grupos (n=4/ grupo),sendo que um grupo recebeu solução salina (NaCl 0,9%; controle) e outro recebeu uma dose única de cloreto de cádmio na concentração de 1.2 mg/kg. Ambos os tratamentos foram administrados via intraperitonial e os animais foram eutanasiados 48h depois (CEUA:030/2010). O epidídimo direito foi removido e fragmentos da região da cauda foram imersos na solução fixadora Karnovsky e processados histologicamente para inclusão em resina e parafina. Os cortes histológicos obtidos da blocagem em resina foram coradas com azul de toluidina e analisados sob microscopia de luz, para a observação de possíveis alterações na arquitetura do tecido. Já os cortes histológicos obtidos de blocos de parafina foram corados com picrosirius red e analisados sob microscopia de polarização. Nesta técnica, as fibras colágenas do tipo I se coraram em vermelho e as fibras do tipo III se coraram em tons que variam de amarelo a verde. Os resultados mostraram que, à microscopia de luz, as secções do ducto epididimário da região da cauda de animais tratados com cádmio apresentaram ausência de espermatozoides no lúmen, diminuição do diâmetro tubular, pregueamento e aumento da altura do epitélio epididmário, além de aparente aumento de mastócitos no compartimento intertubular, em relação aos animais que receberam solução salina. A análise das fibras colágenas mostrou que os animais tratados com cloreto de cádmio apresentaram maior presença de fibras colágenas do tipo III em relação aos animais controle. Fibras do tipo III são imaturas e comumente observadas em tecidos que estão sob processo de remodelamento. Fibras colágeno do tipo I foram observadas em maior quantidade nos animais controle em comparação com os tratados com cádmio. Este tipo de fibra já é considerada madura, presente em tecidos normais. Dessa forma, concluiu-se que a dose única de cádmio na concentração 1.2 mg/kg alterou a arquitetura tecidual do epidídimo e promoveu remodelamento do tecido.
Palavras-chave epidídimo, histologia, fibra colágena
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,66 segundos.