Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 3459

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Biologia, produção e manejo animal
Setor Departamento de Zootecnia
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Matheus Fellipe de Lana Ferreira
Orientador CRISTINA MATTOS VELOSO
Outros membros Lincohn Carvalho Lacerda, Marco Aurélio Schiavo Novaes, Polyana Pizzi Rotta, Tathyane Ramalho Santos
Título Efeito do nível alimentar materno sobre a composição centesimal do músculo Longissimus dorsi em fetos de bovinos mestiços Holandês×Gir
Resumo Estudos recentes mostram que a nutrição materna pode modificar o desenvolvimento muscular fetal e, por consequência, a qualidade e quantidade de carne produzida pela progênie. Animais oriundos de rebanhos leiteiros têm menor potencial de deposição muscular. Com base nisso, foi estabelecida a hipótese de que o fornecimento de maior nível alimentar para vacas mestiças Holandês×Gir, durante a gestação, afeta o desenvolvimento muscular fetal. Objetivou-se avaliar a composição centesimal do músculo Longissimus dorsi (LD) de fetos de vacas mestiças Holandês×Gir em função do nível alimentar materno. Quarenta e uma vacas adultas, multíparas, foram divididas em dois grupos, sendo um grupo controle, com alimentação restrita a 1,15% do peso vivo por dia (n = 23, CON) e outro com alimentação ad libitum (n = 18, ADL). Todas as vacas foram alimentadas com uma única dieta, contendo 93% de silagem de milho e 7% de concentrado. Dentro de cada grupo alimentar, um sub-grupo de vacas foi abatido aos 140, 200, 240 e 270 dias de gestação, respectivamente, perfazendo, assim, um arranjo fatorial 2×4 (dois níveis alimentares e quatro tempos de gestação). Ao abate, o útero grávido foi seccionado, sendo posteriormente extraído o feto, do qual foram retiradas amostras do LD, que foram analisadas quanto aos teores de matéria seca (MS), umidade, matéria orgânica (MO), matéria mineral (MM), proteína bruta (PB) e extrato etéreo (EE). Não foi observada interação entre nível alimentar e tempo de gestação (P≥0,39) para nenhuma das variáveis avaliadas. Fetos de vacas alimentadas ADL apresentaram tendência (P=0,09) a ter maior conteúdo de MS e menor umidade no LD do que fetos filhos de vacas CON (16,6% vs 16,0% de MS, respectivamente). O teor de umidade no LD de fetos bovinos reduziu de 88,7% para 80,5% dos 140 aos 270 dias de gestação (P<0,01), mas não diferiu entre fetos de 240 e 270 dias de gestação (P>0,10). O conteúdo de MO do LD apresentou comportamento semelhante ao conteúdo de MS, variando de 10,3% a 18,5% dos 140 aos 270 dias de gestação (P<0,01). O teor de MM no LD fetal não foi influenciado pelo tempo de gestação (P=0,34), mas fetos de vacas ADL tiveram tendência a maior conteúdo de MM do que fetos de vacas CON (0,97% vs 0,92% de MM, respectivamente, P=0,08). Fetos de vacas ADL tiveram maior teor de PB no músculo LD do que fetos de vacas CON (12,2% vs 11,6% de PB, respectivamente, P=0,04). O conteúdo muscular de PB aumentou de 8,32% aos 140 dias de gestação até 15,0% aos 270 dias de gestação (P<0,01). Não se observou efeito do nível alimentar materno sobre o teor de EE no músculo LD fetal (P=0,89), porém, aos 240 dias de gestação, o teor de EE foi maior do que aos 140 dias de gestação (0,70% vs 0,48% de EE, respectivamente, P<0,01). Conclui-se que o nível alimentar materno influencia a composição química muscular fetal ao longo da gestação em bovinos. Fetos oriundos de vacas alimentadas com maior nível alimentar apresentam maior teor de proteína bruta no músculo L. dorsi.
Palavras-chave alimentação materna, composição química, desenvolvimento muscular
Forma de apresentação..... Oral
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