Resumo |
A agricultura familiar tem como unidade básica a produção familiar, diferindo das grandes empresas quanto a organização social da produção e a organização da atividade econômica. O Programa de Aquisição de Alimentos – PAA é considerado uma das principais ações estruturantes do Programa Fome Zero, além de ser mecanismo complementar do Programa Nacional de Agricultura Familiar – PRONAF, pois garante compra de parte da produção da agricultura familiar. Objetivo: Caracterizar o perfil dos agricultores familiares inscritos no PAA, do Banco de Alimentos num município de Minas Gerais. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal com amostra aleatória de 58 agricultores familiares, representativa do total de inscritos no PAA, no primeiro semestre de 2014. Utilizou-se questionário semi-estruturado com questões sobre condições sócio demográficas e de saúde. Resultados: Dos 58 agricultores familiares, a maioria (67%) é do gênero masculino; sendo 33% do gênero feminino. A média de idade dos participantes foi de 48 anos, sendo nos homens a média de idade de 49 anos e 46 anos nas mulheres. Quanto ao grau de instrução: Masculino: 1 (1,72%) agricultor familiar era analfabeto, 1 (1,72%) apenas lê e escreve, 5 (8,62%) fizeram 1ª a 4ª série do ensino fundamental incompleto, 13 (22,41%) fizeram 1ª a 4ª do ensino fundamental completo, 5 (8,62%) fizeram 5ª a 8ª incompleto, 5 (8,62%) fizeram 5ª a 8ª completo, 7 (12,07%) fizeram 2º grau completo, 2 (3,45%) fizeram 2º grau incompleto e 1 (1,72%) fez superior completo. Feminino: (1,72%) agricultor familiar apenas lê e escreve, 1 (1,72%) fizeram 1ª a 4ª série do ensino fundamental incompleto, 8 (13,79%) fizeram 1ª a 4ª do ensino fundamental completo, 1 (1,72%) fizeram 5ª a 8ª incompleto, 4 (6,9%) fizeram 2º grau completo e 1 (1,72%) fez nível técnico completo e 2 (3,35%) fizeram superior completo. Do total dos participantes 24 (41%) relataram apresentar Doenças Crônicas Não Transmissíveis – DCNT e 34 (59%) não possuíam. Dos agricultores familiares: do sexo masculino 24 (41,38%) relataram não ter DCNT e 15 (25,86%) relataram ter DCNT. E do sexo feminino: 10 (17,24%) relataram não ter DCNT e 9 (15,52%) relataram ter DCNT. Conclusão: As maiores frequências de grau de instrução foram de 1ª a 4ª série do ensino fundamental completo e do 2º grau completo, tanto no sexo masculino quanto no feminino, porém os maiores valores foram no sexo masculino. A maioria dos agricultores familiares do sexo masculino relatou não ter DCNT, porém dos que relataram ter DCNT a frequência (25,86%) foi maior que no sexo feminino (15,52%). Este trabalho mostra também a importância da participação do gênero feminino na agricultura familiar, onde a mulher não se encontra limitada aos serviços domésticos, mas também participa de todo sistema de produção de alimentos dentro e fora da propriedade rural. |