Resumo |
A miniestaquia tem sido largamente utilizada nas empresas do setor florestal brasileiro, devido aos ganhos em porcentagem e qualidade do enraizamento de miniestacas. Estes ganhos se devem principalmente ao fato de se utilizar estacas apicais mais juvenis e melhor controle de condições hídricas, nutricionais e fitossanitárias das plantas fornecedoras das miniestacas. Este trabalho teve como objetivo avaliar o enraizamento de miniestacas apicais na propagação clonal de um híbrido de Eucalyptus urophylla x Eucalyptus globulus (245) e um híbrido de Eucalyptus urophylla x Eucaliptus grandis (1213) em casa de vegetação no período do outono de 2014. O experimento foi realizado no viveiro do Departamento de Engenharia Florestal pertencente à Universidade Federal de Viçosa. No período do outono, o interior do minijardim clonal apresentou médias de temperatura do ar, umidade relativa do ar e radiação solar de, respectivamente, 20,34 °C, 78,98 % e 9,76 MJ m-2 dia-1. Na parte externa ao minijardim clonal as médias para esses mesmos parâmetros climáticos foram, respectivamente, de 19,66 °C, 80,22 % e 13,98 MJ m-2 dia-1. Todos esses valores foram registrados por um sistema de datalogger modelo CR1000-ST-SW-NC. As miniestacas utilizadas possuíam características homogêneas, apresentando tamanho de aproximadamente 8 cm, dois pares de folhas e foram retiradas de minicepas obtidas do enraizamento de miniestacas implantadas em canaletas de alvenaria. Estas foram preenchidas com brita no fundo e areia na superfície e mantidas sob cobertura plástica. O experimento foi conduzido no delineamento em blocos ao acaso, constituído pelos dois clones com 16 miniestacas cada, com três repetições. Para efeito das avaliações, foram consideradas enraizadas as miniestacas com raízes maiores ou iguais a 0,5 cm. Para a contagem do número de raízes foram consideradas, após 30 dias em casa de vegetação climatizada (umidade relativa do ar 80 % e temperatura entre 20 e 30 oC), as raízes emitidas diretamente das miniestacas. Ao final da avaliação, o clone 1213 apresentou elevado número de raízes por miniestacas e obteve um alto percentual de enraizamento (81,81 %). Já o clone 245 obteve um enraizamento de 36,36 %. A pouca eficácia deste clone na produção de raízes pode ser atribuída à sensibilidade deste ao ambiente, ao grau de compactação do substrato, ao estado nutricional das minicepas ou ao tempo deixado na casa de vegetação, que pode ter sido insuficiente para a produção de raízes. |