Resumo |
A contaminação pelo vírus da imunodeficiência humana é mundialmente prevalente e tem se intensificado nas últimas décadas, principalmente na população acima dos 50 anos. No Brasil, desde o início da epidemia, em 1980, até junho de 2011, foram registrados 608.230 casos de AIDS, conforme apontam Vasconcelos, et al. (2013). Um aspecto a ser destacado é o aumento da incidência de HIV/Aids na população idosa, como em nenhuma outra faixa etária, emergindo como um desafio para o Brasil, no sentido do estabelecimento de políticas publicas e estratégias que garantam o alcance das medidas preventivas e a melhoria da qualidade de vida dessas pessoas (SANTOS; ASSIS,2009). A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a infecção por HIV/Aids atinge em torno de 40 milhões de pessoas no planeta. Deste total, 2.8 milhões de indivíduos têm idade superior a 50 anos. Nesse contexto a relevância do problema em questão está centrada não somente no aumento da incidência do HIV/Aids na população idosa, mas principalmente na vulnerabilidade e nas conseqüências que o HIV/Aids acarreta na vida do idosos. Dessa forma o presente trabalho tem como objetivo mapear o fenômeno da HIV/Aids em população idosa no Brasil e, em especial, em Minas Gerais. Metodologicamente foi feito uso da pesquisa bibliográfica e da pesquisa censitária. Os resultados evidenciaram que, no Brasil, a AIDS tem emergido como um problema de Saúde Pública pelo aumento da circulação do vírus na população geral. Segundo dados do Ministério de Saúde, dos casos registrados da doença, 2,1% são de idosos, um perfil de notificação que vem se intensificando e tem como forma predominante de infecção a relação sexual. Alguns aspectos são apontados para o aumento da doença na Terceira Idade: o incremento da notificação de infecção pelo HIV após os 60 anos de idade e o envelhecimento de pessoas que vivem com o vírus (SILVA, et al, 2011).Especificamente,no ano de 2012, foram registrados 39.185 casos de Aids no Brasil. Por outro lado, pesquisas realizadas entre os anos de 1990 a 2011, mostraram que o Estado de Minas Gerais registrou 43.315 casos de Aids diagnosticados, sendo destes 15.253 femininos e 28.062 masculinos, e o município que mais se destacou foi Belo Horizonte, com 27,2% dos casos. No que diz a respeito à taxa de mortalidade por Aids, foi possível perceber que houve um aumento entre a faixa etária de 60 anos ou mais, onde apresentou um aumento de 33,3% no sexo masculino e de 81,1% no sexo feminino. Contudo pode-se concluir que o aumento da incidência do HIV/Aids na população idosa está ligada muitas vezes a falta de prevenção, já que a forma predominante de contágio é a sexual, pois é comum pensarem que devido a idade essas pessoas não possuem uma vida sexual ativa, e essas, por vergonha, não buscam se prevenir. Dessa forma cabe aos familiares e aos profissionais de saúde buscar alternativas que discutam abertamente sobre a prevenção. |