Resumo |
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma das principais doenças cardiovasculares da atualidade apresentando elevada prevalência e, em grande parte dos casos, pouca sintomatologia, o que dificulta sua identificação precoce pelos portadores dessa patologia. Nosso estudo tem o objetivo de averiguar o perfil epidemiológico e o comportamento dos hipertensos selecionados para um projeto que avaliará a influência dos exercícios físicos sobre a pressão arterial. O projeto em questão visa, principalmente, confirmar a influência benéfica da prática orientada de exercícios aeróbicos e resistidos sobre o estado de saúde de pacientes acometidos pela HAS, bem como a influência dessa prática sobre seus mecanismos fisiopatológicos. Para isso, foram selecionados adultos e idosos atendidos no Centro Hiperdia de Viçosa, que atendem a Resolução SES n. 2.606 de sete de dezembro de 2010 em que se estabelece os critérios de encaminhamento para os Centros de Referência Integrados Viva Vida e Hiperdia Minas. Foram incluídos neste estudo os pacientes portadores de HAS, não diabéticos, totalizando 172 prontuários analisados. Entre os dados avaliados estão idade, raça, escolaridade, comorbidades, tempo de HAS, uso de drogas anti-hipertensivas, lesão de órgão alvo, incluindo fatores de risco cardiovascular, tabagismo, etilismo, obesidade, sedentarismo e dislipidemia. Após análise de todos os prontuários, observou-se uma prevalência superior de homens (54%) quando comparada às integrantes do sexo feminino. A média de idade apresentada entre os participantes foi de 65 ± 15 anos. A média de tempo de convívio com a HAS foi de 12 ± 9 anos; 77% dos pacientes eram sedentários e 44% da amostra apresentava dislipidemia associada à HAS. Com relação às lesões advindas do processo patológico, 37% da parcela analisada apresentou hipertrofia de ventrículo esquerdo (HVE) e 15% insuficiência renal crônica (IRC), sendo, portanto, a segunda doença de maior prevalência na amostra estudada. Após a compilação de dados dos pacientes, a prática assistida de exercícios físicos iniciou-se no dia 10 de junho de 2014 e as informações provenientes do estudo serão de extrema importância para a geração de dados estatísticos que corroboram para o benefício do exercício físico sobre a hipertensão, bem como sobre a qualidade de vida desses pacientes, impactando em um menor consumo medicamentoso e aumento da autonomia, colaborando assim para reduzir a morbidade e mortalidade em pacientes com hipertensão nesta região. |