Resumo |
No Brasil, o uso da madeira para a geração de energia tem sido historicamente relacionado à produção de carvão vegetal e aos consumos residencial, industrial e agropecuário. A produção de carvão vegetal se destaca em decorrência da demanda existente pelo produto junto ao setor siderúrgico. Atualmente, as espécies do genêro Eucalyptus são as mais utilizadas para a produção de carvão, especialmente no estado de Minas Gerais. Suas características de rápido crescimento e densidade consideráveis garantem, segundo a literatura, um carvão facilmente renovável e de boa qualidade. O objetivo do seguinte trabalho foi de caracterizar a madeira de quatro clones de eucalipto quanto às suas propriedades físicas e químicas para a produção de carvão vegetal. Foram utilizados quatro clones híbridos de Eucalyptus Foram utilizados quatro clones híbridos de Eucalyptus, sendo o material genético 1,2 e 3 (E. urophylla S. T. Blake x E. grandis Hill ex Maiden) e o 4 (E. camaldulensis Dehn x E. grandis), na idade de 7 anos, provenientes de plantios comerciais localizados no município de Carbonita, MG. O estudo das propriedades da madeira foi realizado a partir da densidade básica e análise química. Para a avaliação da qualidade do carvão as carbonizações foram realizadas em mufla de laboratório com aquecimento elétrico e o tempo total de carbonização da madeira foi de 7 horas. Posteriormente, foram determinados os teores de materiais voláteis, cinzas, carbono fixo e rendimento gravimétrico em carvão vegetal. Foi ainda determinado a densidade aparente do carvão. Todos os materiais genéticos apresentaram, de modo satisfatório, rendimento gravimétrico em carvão vegetal e qualidade dos mesmos. O material genético 1 se destacou entre os demais por apresentar maior resistência à degradação térmica e, consequentemente, maior rendimento em carvão vegetal. Por fim, concluiu-se que mais importante na escolha do material genético para a produção de carvão vegetal, é antever as qualidades físicas e químicas da sua madeira. |