Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 3368

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Biologia, produção e manejo vegetal (agrícola e florestal)
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Leonardo Pequeno Reis
Orientador AGOSTINHO LOPES DE SOUZA
Outros membros Líniker Fernandes da Silva, Lyvia Julienne Sousa Rêgo, Pamella Carolline Marques dos Reis
Título Método mexicano de desbaste para uma floresta de terra firme na Amazônia Oriental
Resumo No manejo de florestas naturais a análise criteriosa da intensidade de corte (IC) e do ciclo de corte (CC) são fundamentais para garantir a sustentabilidade da produção de madeiras. Para a aplicação da IC, considera-se a capacidade de recuperação do ecossistema florestal, adequando o CC com o crescimento das espécies. O objetivo do estudo foi avaliar a aplicabilidade do método mexicano de desbaste para subsidiar a definição adequada da intensidade de corte e do ciclo de corte em florestas na Amazônia Oriental. O estudo foi realizado em 200 ha de uma Floresta Ombrófila Densa de terra firme, no município de Moju, Pará (02° 12’ 26” S e 48° 48’ 14” W). Em 1997 foi realizada a exploração florestal de impacto reduzido em 200 ha. Foram colhidas, em média, 3,3 árv.ha-1 com diâmetro mínimo de corte de 65 cm, de 25 espécies comerciais, correspondendo a um volume de 23 m3.ha-1. Em 1995, foram estabelecidas 22 parcelas permanentes de 0,5 ha, totalizando uma amostra de 11 ha. Nessas parcelas, foram medidas todas as árvores com DAP≥ 10 cm em 1995, 1998 e 2010. O método mexicano de desbaste (MMD) é método de controle do corte pelo volume, fundamenta-se no pressuposto que os crescimentos anuais (Cr) do estoque remanescente (Vr) de uma floresta acumulam-se seguindo a lei de juros compostos: Vn= Vr(1 + i)cc. Sendo i a taxa de crescimento: i1= Cr/Vn; i2= Cr/Vr; e i3= Cr/ (Vr+Vn/2); IC= 1 – (1/(1+i)cc; o CC = ln (Vn/Vr)/ln (1+i)cc. Em que Vn= volume ao final do CC, em m3.ha-1. Para a análise estatística foi realizado o teste não paramétrico de Wilcoxon-Mann-Whitney (independente) a 5% de probabilidade, para os anos de 1998 e 2010 em comparação com o projetado pelo o MMD. O Vr e o Cr para o total das espécies colhidas foram, respectivamente, 34,304 m3.ha-1 e 0,806 m3.ha-1.ano-1. Analisando a intensidade de corte realizada com diferentes taxas de crescimento, os CCs das espécies colhidas foram: i1= 37, i2= 29 e i3= 22 anos. Na projeção do volume para 1998 (um ano após a colheita) e 2010 (13 anos após a colheita) em todas as taxas de crescimento os volumes projetados não apresentaram diferença (p> 0,05) significativa (i1: 35,856; i2: 36,211; i3: 36,775 m3.ha-1) em relação volume observado (44,356 m3.ha-1), apesar do crescimento elevado após a colheita, causado pela abertura do dossel. Isso se confirma para o ano de 2010, onde todos os volumes (Vn) projetados com as diferentes taxas de crescimento (i1= 42,154; i2= 44,131 e i3= 47,429 m3.ha-1) não foram estatisticamente diferentes (p> 0,05) em relação ao volume observado (49,556 m3.ha-1). Utilizando a taxa i3, a maior taxa de crescimento, e adotando o CC preconizado na legislação (35 anos), a IC seria 31,888 m3.ha-1. Se fosse utilizar a IC da legislação até 30 m3.ha-1, o CC seria de 25 anos. O método mexicano de desbaste pode ser utilizado para fundamentar a intensidade de corte e o ciclo de corte em florestas na Amazônia Oriental.
Palavras-chave Exploração de impacto reduzido, Manejo florestal, Ciclo de corte
Forma de apresentação..... Painel
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