Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 3347

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Microbiologia
Setor Departamento de Microbiologia
Bolsa PROBIC/FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Tomás Gomes Reis Veloso
Orientador MARIA CATARINA MEGUMI KASUYA
Outros membros Conrado Augusto Vieira, Emiliane Fernanda Silva Freitas, Jamille Steffany Colatino de Souza, Melissa Faust Bocayuva Cunha
Título Fungos associados ao sistema radicular de Zygopetalum maxillare e de Pleurothallis hypnicola
Resumo A ausência de tecido de reserva nas sementes das orquídeas as direcionam ao micoheterotrofismo como alternativa na promoção da germinação de suas sementes e desenvolvimento inicial das plantas. Para isto, as orquídeas tendem a se associar a fungos das famílias Ceratobasidiaceae, Sebacinaceae e/ou Tulasnellaceae. Enquanto determinadas orquídeas são capazes de se associarem apenas a um grupo restrito, outras são capazes de se associar a vários. Como muitas espécies estão ameaçadas de extinção, conhecer os fungos que se associam a uma determinada espécie in situ tem sido fundamental para a otimização da produção ex situ de plantas micorrizadas visando a conservação, alcançando a etapa de reintrodução. Assim, foi avaliado se duas espécies de orquídeas epífitas da Mata Atlântica, Zygopetalum maxillare e Pleurothalis hypnicola, se associam a fungos das famílias Sebacinaceae e Tulasnellaceae. Amostras radiculares coletadas de indivíduos in situ foram desinfestadas superficialmente, lavadas e seccionadas transversalmente. Sob microscópio estereoscópico, parte dos pelotons foram isolados em placas de Petri com BDA (Batata Dextrose Ágar) e o restante utilizado para a extração do DNA total, seguido por Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). A detecção de fungos micorrízicos de Tulasnellaceae, Sebacinaceae e fungos em geral ocorreu com a utilização de primers específicos para estes táxons fúngicos: ITS1/ITS4-Tul, ITS3Seb/ITS4 e ITS1F/ITS4, respectivamente. Os produtos de PCR com os primers ITS1F/ITS4 foram submetidos a clonagem utilizando o vetor pGEM®-T e Escherichia coli (linhagem DH5- α) antes do sequenciamento. A identificação dos fungos isolados foi realizada por PCR com o par de primers ITS1/ITS4, seguido de sequenciamento. Para Z. maxillare foram observados resultados positivos apenas para Tulasnellaceae e fungos em geral, sem registro para a família Sebacinaceae. Por outro lado, P. hypnicola apresentou resultados positivos para os três pares de primers. Entretanto, os fungos isolados destas duas espécies não eram representantes de Sebacina ou de Tulasnella. Foram isolados fungos do gênero Xylaria, cujo papel em relação as orquídeas ainda não foi elucidado, entretanto é frequente relatado como endofítico em plantas tropicais. Portanto, estes fungos devem ser testados na germinação de sementes e no desenvolvimento de plantas juvenis e adultas para verificar sua aplicação na produção de mudas. Pode-se concluir que os fungos que se associam a Z. maxillare são mais específicos pertencendo principalmente a Tulasnellaceae, enquanto os fungos que se associam a P. hypnicola são menos específicos, sendo reportado as outras famílias avaliadas. Assim, é importante conhecer as diversidade e a especificidade de fungos em cada espécie de orquídea para futuros programas de reintrodução de espécies e também para entender a ecologia dessas espécies vegetais.
Palavras-chave micorríza, conservação, Tulasnellaceae
Forma de apresentação..... Painel
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