Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 3345

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Envelhecimento e qualidade de vida
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Glória Maria Moraes Souza
Orientador ANDREIA QUEIROZ RIBEIRO
Outros membros Aline Siqueira Fogal, SILVIA ELOIZA PRIORE, SYLVIA DO CARMO CASTRO FRANCESCHINI
Título Capacidade preditiva de indicadores de adiposidade central para doenças crônicas não transmissíveis em idosos: um estudo de base populacional
Resumo Introdução: No mundo, observa-se o processo de envelhecimento populacional. Preocupação recorrente na terceira idade é a ocorrência de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). Assim, torna-se relevante o uso de medidas que se correlacionem com tais patologias, como as antropométricas, um meio fácil, barato e seguro de predizer DCNT. Objetivo: Relacionar os índices de adiposidade central perímetro da cintura (PC), relação cintura-quadril (RCQ) e relação cintura-estatura (RCE) com hipertensão arterial (HA), diabetes e dislipidemia em idosos residentes no município de Viçosa (MG). Metodologia: Realizou-se um estudo observacional, de corte transversal, com idosos com idade superior a 60 anos, residentes no município de Viçosa, MG no ano de 2009. Foram aferidos peso, estatura, PC e PQ. Calculou-se o Índice de Massa Corporal (IMC), a RCQ e RCE. A análise dos dados incluiu estatística descritiva e o teste t de Student para comparação de médias, estratificado por sexo e curvas ROC (Receiver Operating Characteristic Curve) visando comparar a capacidade discriminatória dos diferentes índices para detectar as doenças de interesse. O software usado foi o SPSS versão 17.0 considerando-se alfa = 0,05. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa (n.027/2008) e aqueles que concordaram em participar assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Resultados: Avaliaram-se 621 idosos, sendo 53,3% do sexo feminino. A mediana de idade foi de 69 anos, variando entre 60 e 98. As médias de IMC e RCE foram maiores entre mulheres e a média da RCQ foi maior entre homens. Já o PC não diferiu entre os sexos. Entre os homens, os diabéticos e também aqueles que apresentavam hipercolesterolemia apresentaram valores maiores de IMC, PC, RCQ e RCE. Já em relação às mulheres, as médias das diabéticas foram maiores para PC, RCQ e RCE, porém nenhum dos indicadores apresentou relação significante com a presença de hipercolesterolemia. Constatou-se ainda que entre aqueles com HA, os homens apresentaram maior média de RCQ e as mulheres maiores médias de IMC, PC e RCE em relação aos idosos com pressão arterial normal. Analisando a curva ROC, verificou-se que os índices antropométricos obtiveram um desempenho mediano na identificação das doenças, indicado pela área sob a curva menor que 0,68. Os pontos de corte apresentaram equilíbrio entre sensibilidade e especificidade. Foram definidos para mulheres PC=93cm, RCQ=0,94 e RCE=0,62. Para os homens PC=96cm, RCQ=0,97 e RCE= 0,58. Conclusão: Nossos achados reafirmam a importância das medidas antropométricas na predição de doenças crônicas, visto serem instrumentos seguros, de fácil aplicação e baixo custo. Propôs-se também pontos de corte para os indicadores de adiposidade central que melhor caracterizam a população estudada. Destaca-se, ainda, o bom desempenho apresentado pela RCE, indicador ainda pouco avaliado em amostras representativas de idosos brasileiros.
Palavras-chave Indicadores de Adiposidade Central, Idosos, Doenças Crônicas não Transmissíveis
Forma de apresentação..... Oral
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