Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 3341

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agroindústria, processamento e armazenamento
Setor Departamento de Engenharia Agrícola
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Tamara Beatriz de Oliveira Freitas
Orientador LEDA RITA DANTONINO FARONI
Outros membros Juliane Laureano, Larissa Mônica de Freitas Dias Fernandes, MONIQUE RENON ELLER, PAULO HENRIQUE ALVES DA SILVA
Título Efeito do ozônio sobre a acidez volátil em vinho tinto
Resumo A acidez dos vinhos constitui-se uma das características gustativas mais importantes e influencia sua estabilidade e coloração. As substâncias que conferem acidez ao mosto ou ao vinho são os ácidos orgânicos. O ácido acético é o principal ácido volátil no vinho e, portanto, o principal componente da acidez volátil. A atividade metabólica de determinadas leveduras, bactérias lácticas e bactérias acéticas pode conduzir à elevação da acidez volátil do vinho, sendo o limite permitido pela legislação brasileira de 20 mEq L-1 de ácido acético. No controle desses microrganismos tem sido estudado o emprego do gás ozônio (O3) em substituição ao sulfito (SO2). O motivo é a relação deste último com a ocorrência de reações alérgicas em indivíduos asmáticos. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito do ozônio sobre a acidez volátil em vinhos tintos. Para tanto, procedeu-se à microvinificação utilizando-se uvas da cultivar Syrah. Foram seguidos os procedimentos tradicionais para a fermentação alcoólica (inoculação de leveduras Saccharomyces cerevisiae selecionadas, chaptalização, duas remontagens diárias durante a fase tumultuosa de fermentação, trasfegas e engarrafamento), em um período de 15 dias. Para o controle dos microrganismos indesejáveis foram comparados três tratamentos empregando-se O3 (2; 7 e 12 mg L-1, por 15 min) e um tratamento controle com 80 mg L-1 de metabissulfito de potássio, como fonte de SO2. Os tratamentos foram aplicados em três momentos da elaboração dos vinhos: no mosto, após a primeira trasfega e antes do envase. Cada microvinificação foi feita em duas repetições. A acidez volátil foi determinada através do método titulométrico, em triplicata. Destilou-se 100 mL de vinho em manta aquecedora, recuperando-se 75 mL da amostra destilada e diluindo-se em água para 100 mL. A titulação do destilado foi realizada com NaOH 0,1 N padronizado, empregando-se uma solução de fenolftaleína 1% (m/v) como indicador. O resultado foi expresso em mEq L-1 de ácido acético. Os resultados foram analisados por meio de análise de variância (ANOVA), considerando-se o delineamento inteiramente casualizado. Para a comparação das médias dos tratamentos com o controle foi utilizado o Teste de Dunnett, a 5% de probabilidade. As médias dos valores de acidez volátil encontradas para os tratamentos com 2, 7 e 12 mg L-1 de O3 foram 1,03; 1,03 e 0,89 mEq L-1 de ácido acético, respectivamente. Essas médias diferiram significativamente, ao nível de 5%, da média para o tratamento com SO2, que foi 2,77 mEq L-1 de ácido acético. Todos os vinhos produzidos atenderam à legislação brasileira quanto aos valores médios de acidez volátil, apresentando-se abaixo de 20 meq L-1. Conclui-se que os vinhos produzidos empregando-se ozônio para o controle de microrganismos apresentaram uma menor acidez volátil em relação aos vinhos sulfitados.
Palavras-chave ozonização, ácido acético, microvinificação
Forma de apresentação..... Painel
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