Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 3336

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Microbiologia
Setor Departamento de Microbiologia
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Emiliane Fernanda Silva Freitas
Orientador MARIA CATARINA MEGUMI KASUYA
Outros membros Conrado Augusto Vieira, Jamille Steffany Colatino de Souza, Melissa Faust Bocayuva Cunha, Tomás Gomes Reis Veloso
Título Micro e macro nutrientes na micorrização e no desenvolvimento de plântulas micorrizadas de Hadrolaelia jongheana (ORCHIDACEAE)
Resumo Hadrolaelia jongheana é uma espécie epífita encontrada nos estados do Espírito Santo e Minas Gerais, e está presente na lista das espécies ameaçadas de extinção há uma década, principalmente por ser uma orquídea ornamental. As sementes de orquídeas não apresentam reserva energética suficiente para suportar a germinação, assim a semente não germina sem que haja uma fonte externa de açúcar. Na natureza, essa fonte de açúcar é obtida a partir da associação com fungos micorrízicos, que possibilitam a germinação e desenvolvimento das plântulas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do acréscimo de macro e micro nutrientes no desenvolvimento e na micorrização de plântulas micorrizadas in vitro. Com cerca de três meses plântulas previamente inoculadas na germinação com o isolado de Tulasnella HB7G foram transferidas para frascos e mantidas em câmara de crescimento a 28 ºC, sob um fotoperíodo de 16h luz/8h escuro. Foram adotados dois tratamentos: meio ágar aveia (OMA) e o mesmo acrescido de macro e micro nutrientes (OMA+M)(2g/L Ca(NO3)2.4H2O; MgSO4.7H2O; KNO3; KCl; K2SO4; NH4H2PO4; H3BO3; MnSO4.4H2O; ZnSO4.7H2O; FeSO4.7H2O; CuSO4.5H2O; (NH4)6Mo7O2.4H2O). Após dez meses avaliou-se o desenvolvimento das plântulas pelas seguintes características: número de folhas (NF), comprimento maior folha (CMF), número de raízes (NR) e a média do número de raízes (MNR). Para avaliar a micorrização das raízes das plântulas, foram coletados cinco fragmentos de raízes por tratamento para observação sob lupa de 100 cortes transversais, priorizando a região basal do sistema radicular. Os resultados foram submetidos à ANOVA a 5% de significância e as médias comparadas pelo teste de Tukey. Além disso, para a quantificação da frequência de colonização (F%=(n1+n2+n3+n4)/(n0+n1+n2+n3+n4)*100 e a intensidade global da colonização (M%= (95×n4 +70×n3 +30×n2 +10×n1)/(n0 + n1 +n2 +n3 +n4) foi avaliada também a micorrização, adotando-se quatro notas correspondendo a classes de colonização do córtex: (1) 0; (2) >0 a25%; (3) ≥ 25 a 50%; (4) ≥50 a 75%; (5) ≥75 a 100%. Após as avaliações as plântulas foram transferidas para vasos em casa de vegetação, sob cobertura de tela de polipropileno de coloração preta (sombrite),com 50% de retenção do fluxo de radiação solar. O substrato utilizado foi um mix de casca de pinus, casca de coco e carvão. As plântulas apresentaram maior crescimento(P<0,05) quando o meio foi enriquecido em macro e micro nutrientes, não se observando diferença somente para NF (p>0,05).Os valores de NR foi de 4.3 e 3.7, de CMF de 5.62 cm e 2.4 para mudas crescidas em OMA+M e OMA, respectivamente. F% foi maior no tratamento OMA, 77.6%, enquanto que em OMA+M observou 45,6%. O mesmo foi obtido para M%, 12.6% para OMA e 6.32% para OMA+M. Após 2 meses de aclimatização foi observado 100% de sobrevivência das plântulas. A adição de macro e micro nutrientes proporcionou uma produção de plantas com maior desenvolvimento e a micorrização não foi inibida após dez meses..
Palavras-chave orquídea ameaçada, conservação, propagação in vitro
Forma de apresentação..... Oral
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