Resumo |
O Fósforo presente na ração para frangos de corte advém quase que exclusivamente de fontes vegetais, que em sua maior parte está presente em forma de ácido Fítico, que não é aproveitado pelas aves, sendo necessária a inclusão de elevadas quantidades de fósforo inorgânico. Tendo em vista minimizar os efeitos do fitato contido nos alimentos e diminuir a inclusão de fósforo inorgânico na ração de aves, o uso da enzima Fitase se torna uma alternativa. Assim, o presente experimento foi conduzido para avaliar o efeito de rações com diferentes níveis de fósforo disponível (Pd) e com a inclusão de fitase exógena no desempenho, peso da carcaça e dos cortes nobres (peito, coxa e sobrecoxa) de frangos de corte, dos 22 aos 42 dias de idade, mantidos em ambiente de estresse por calor. Foram utilizados 336 frangos de corte, com peso inicial de 0,822 ± 0,004 kg. O experimento foi realizado em delineamento inteiramente casualizado, com seis tratamentos sendo um controle positivo (0,354 e 0,309% de fósforo disponível sem adição de fitase exógena para as fases de 22 a 33 e 34 a 42 dias respectivamente), e mais cinco rações com inclusão de fitase exógena Quantum Blue® (500 FTU) e redução do nível de fósforo disponível (0,354; 0,294; 0,233; 0,173; 0,112% e 0,309; 0,258; 0,207; 0,156; 0,106 para as fases de 22 a 33 e 34 a 42 dias respectivamente), foram utilizados oito repetições e sete aves por unidade experimental. Os frangos foram mantidos em câmaras climáticas, com temperatura média de 31,6 ± 0,75 °C e umidade relativa do ar de 67,3 ± 5,66, correspondendo a um Índice de Temperatura de Globo Negro e Umidade (ITGU) de 83,2 ± 1,33, caracterizando o ambiente de estresse por calor para as aves. Não se observou diferença significativa (P>0,05) para o ganho de peso (GP), consumo de ração (CR) e conversão alimentar (CA) das aves que receberam a ração basal (0,354%, 0,309% de fósforo disponível para as fases de 22 a 33 e 34 a 42 dias, respectivamente) quando comparado com os demais grupos de frangos que receberam ração com os diferentes níveis de fósforo e suplementadas com fitase, o que permite inferir que a inclusão de 500 FTU de fitase foi suficiente para disponibilizar quantidades adequadas de Pd para manter o desempenho máximo mesmo nas aves que receberam as rações com os menores níveis de fósforo (0,112 e 0,106%). O peso da carcaça (PC), peso do peito (PP), da coxa (PCX) e da sobrecoxa (PSC) também não variaram (P>0,05) entre os frangos que foram alimentados com a ração basal comparado com os demais animais que receberam as rações suplementadas com fitase exógena e com redução do nível de fosforo disponível. Com base nos resultados obtidos conclui-se que rações suplementadas com fitase e níveis reduzidos de Pd não interferem no desempenho e nas características de carcaça de frangos de corte machos, criados em ambiente de alta temperatura dos 22 aos 42 dias de idade. |