Resumo |
O milho (Zea mays) é considerado cultura padrão para produção de silagem, pois reúne características favoráveis desde o cultivo até o consumo animal. A silagem de milho é amplamente utilizada pela sua elevada produção de massa (>40 t/ha), seu adequado valor energético, elevado consumo pelos animais e características desejadas para que uma forrageira origine uma silagem de qualidade adequada. Objetivou-se com este trabalho estudar a composição química e o perfil fermentativo da silagem de milho, em seis períodos de fermentação 1, 3, 7, 14, 28 e 56 após a ensilagem. O milho picado foi ensilado em sacos plásticos (bags) medindo 25,4 cm x 35,56 cm (Doug Care Equipament, Springville, CA). Em cada bag foram colocados 500g de forragem picada. A condição de anaerobiose no interior dos bags foi estabelecida utilizando seladora a vácuo. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado, com três repetições. Avaliou-se as concentrações de proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), hemicelulose, celulose, lignina, cinzas, extrato etéreo, matéria orgânica (MO), nitrogênio amoniacal (N-NH3) e matéria seca (MS) antes da ensilagem e após os períodos de fermentação. Determinou-se também os valores de pH, as populações de enterobactérias, bactérias do ácido lático (BAL), fungos e as concentrações dos ácidos orgânicos (lactato, acetato, propionato e butirato). Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e regressão. Não foi observado efeito de período de fermentação (P > 0,05) sobre os teores de PB, MS e FDN. A concentração de N-NH3 aumentou linearmente (P<0,05) com o período de fermentação. Foi observado efeito quadrático (P<0,05) de período sobre as populações de BAL, enterobactérias e fungos e de ácidos orgânicos. O estabelecimento do microambiente anaeróbio favorece o rápido crescimento inicial das BALs que promove elevada produção de lactato e acetato, ocorrendo a redução do pH que resulta na estabilidade dos nutrientes. |