Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 3295

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Saúde publica e ambiente
Setor Departamento de Economia Doméstica
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Giulia Soares Miranda Cordeiro
Orientador CRISTIANE MAGALHAES DE MELO
Outros membros Cláudia Maria Ferreira, Laila Souto Rodrigues, Maíra Tamara Paiva Lainha, Tamiris Cota Vianna
Título Mortalidade materna e atuação do Comitê de Prevenção em município de Médio Porte de Minas Gerais
Resumo A morte materna conceitua-se como sendo a morte de uma mulher durante a gestação ou dentro de um período de 42 dias após o término da gestação, independente da duração ou da localização da gravidez, devido a qualquer causa relacionada com ou agravada pela gravidez ou por medidas em relação a ela, porém não devida a causas acidentais ou incidentais. A razão de mortalidade materna é um dos mais sensíveis indicadores socioeconômicos, e da qualidade da atenção médico-sanitária de uma população. Nesse sentido, em 2000, o Brasil assumiu internacionalmente o compromisso de reduzir a mortalidade materna para pelo menos um terço dos valores de 1990. Diante disso, uma importante estratégia foi a criação dos Comitês de Prevenção dos Óbitos, que visam melhorar a qualidade da notificação dos óbitos, conhecer suas causas e fatores de risco, monitorar sua ocorrência e, embasar políticas de saúde dirigidas à sua redução. Assim, a partir de ampla mobilização dos profissionais do campo da saúde e da sociedade civil organizada, estados e municípios tem constituído comitês multiinstitucionais e multiprofissionais que expressam o ideário de participação e controle social previsto no Sistema Único de Saúde - SUS. O objetivo do presente trabalho foi analisar a atuação do Comitê Municipal de Prevenção do Óbito Materno, em município de médio porte, a partir das investigações dos óbitos maternos realizadas pelo Comitê, da classificação da evitabilidade e as principais recomendações indicadas a partir das investigações. Como fonte de dados foram utilizados dados secundários do Comitê Municipal de Prevenção do Óbito Materno, Fetal e Infantil (CMPOMFI) do município de Viçosa – MG e as discussões realizadas acerca dos óbitos maternos de residentes ocorridos no período de 2006 a 2013. No período que compreendeu o estudo foram identificados 6 casos de óbito materno, dos quais 2 eram mortes maternas não obstétricas e os demais mortes maternas que ocorreram no puerpério e por causas evitáveis. Os quatro óbitos maternos evitáveis ocorreram em mulheres com idade entre 18 e 27 anos, eram estudantes ou donas de casa. Com relação à gestação e o parto, todas tiveram gravidez única, parto hospitalar, sendo destes três cesáreos e um vaginal. As principais recomendações do CMPOMFI foram relacionadas à captação precoce e atendimento adequado à gestante, bem como a busca ativa de puérperas e melhoria da assistência ao puerpério. Assim, o Comitê de Prevenção do Óbito mostra-se como um serviço de grande importância, uma vez que a partir das recomendações é possível apontar falhas no sistema de saúde local, cabendo aos gestores a criação de estratégias para a superação dos problemas encontrados. No entanto, os desafios para se alcançar os objetivos do milênio em relação à mortalidade materna ainda são grandes, persistindo a necessidade de melhoria na organização e na qualidade da assistência dos serviços de saúde em geral, o que poderia evitar grande parte destes óbitos.
Palavras-chave Mortalidade materna, Comitê de Prevenção do Óbito, Políticas de Saúde
Forma de apresentação..... Oral
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