Resumo |
O Ministério da Saúde propôs a criação de comitês estaduais e municipais de prevenção de óbitos materno, fetal e infantil, visando a redução da ocorrência desses eventos, bem como o conhecimento de sua magnitude e determinantes. Entretanto municípios pequenos e médios, entre eles os da região de saúde de Viçosa-MG enfrentam desafios na constituição e funcionamento dos mesmos. Baseado no diagnostico local, o Programa de Educação pelo Trabalho (PET/Vigilância em Saúde), eixo II: A produção de informação sobre mortalidade, propôs a realização do I Fórum de vigilância do óbito materno,fetal e infantil com propósito de discutir dificuldades enfrentadas pelos municípios desta região de saúde no que tange a vigilância dos óbitos e propor estratégias para superação. Foram priorizadas metodologias participativas,com vistas ao estímulo do diálogo,problematização e reflexão da realidade.O Diagnóstico Rápido Participativo (DRP),técnica:Diagrama de fluxo,foi o método escolhido para a troca coletiva das experiências.O público alvo foram profissionais responsáveis pela investigação do óbito nos municípios que compõem a microrregião de Viçosa.A atividade foi dividida em 4 momentos onde os participantes deveriam refletir sobre os problemas relacionados à vigilância do óbito e suas causas; as formas de superação dos problemas e quem seriam os responsáveis por estas ações. Dentre os problemas em relação à vigilância dos óbitos foram apontados:falta de incentivo e recursos para desenvolver as ações de vigilância;sobrecarga de trabalho;falta de comprometimento profissional e de comunicação entre a rede de de atenção à saúde dos municípios.Sobre as causas dos problemas,foi apontado:pouca participação e interesse dos profissionais e gestores pela vigilância do óbito;falta de qualificação profissional e de investimentos em recursos humanos e materiais.Como formas de superação dos problemas foi proposto:capacitação de gestores e profissionais;ampliação dos investimentos financeiros nas ações de vigilância do óbito e criação de redes de comunicação entre as instituições de saúde.Sobre as responsabilidades pelas ações de superação,o grupo participante apontou os próprios profissionais de saúde;as instituições de ensino;a população e gestão municipal, estadual e federal.Após discussão,os presentes indicaram que a criação de um Comitê Microrregional(CMR)poderia contribuir para resolução dos problemas enfrentados pelos municípios a partir da qualificação profissional,da troca de experiências entre os participantes e da ampliação da visibilidade das ações de vigilância do óbito na microrregião.Por fim,foi pactuado entre os presentes,a realização de outro encontro para discussão da conformação desse comitê, suas responsabilidades,organização e formas de funcionamento. A avaliação final da atividade mostrou a adequabilidade do DRP enquanto metodologia que permitiu aos participantes refletirem sobre sobre os problemas enfrentados, suas causas e formas de superação. |