Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 3233

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Alimentos, nutrição e saúde humana
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Fernanda Cristina da Silva Amaral
Orientador JULIANA FARIAS DE NOVAES
Outros membros Cynara Christine Ferreira Dutra, GIANA ZARBATO LONGO, Luiza Fazenda Pinto, Vanessa Guimarães Reis
Título Relação entre resistência à insulina e adiposidade corporal em indivíduos adultos do município de Viçosa –MG
Resumo A prevalência da obesidade no mundo ocidental vem apresentando um grande aumento nos últimos anos. O acúmulo da gordura corporal na região abdominal gera distúrbios metabólicos que compõem a síndrome metabólica, na qual o mecanismo fisiopatológico central é a resistência à insulina. A fisiopatologia da resistência à insulina é explicada por uma diminuição da ação da insulina nos tecidos periféricos, resultando em aumento compensatório da secreção de insulina. Atualmente, o tecido adiposo passou a ser reconhecido como órgão com papel central na gênese da resistência à insulina. Objetivou-se avaliar a relação entre adiposidade corporal e resistência à insulina na população adulta de Viçosa-MG. Trata-se de um estudo transversal de base populacional desenvolvido na zona urbana. A população do estudo foi composta por adultos entre 20 e 59 anos de idade de ambos os sexos. As variáveis exploratórias foram avaliadas por meio de questionário sendo elas: sexo, idade, escolaridade, estado civil e nível de atividade física. A glicose de jejum foi dosada por método enzimático e os níveis séricos de insulina pelo método imunofluorimétrico. A avaliação de resistência à insulina foi realizada por meio do índice Homeostasis Model Assessment-Insulin Resistance. Foram realizadas as medidas de peso e estatura para o cálculo do índice de massa corporal. Para a aferição do perímetro da cintura utilizou-se fita métrica inelástica na posição horizontal do ponto médio entre a borda inferior da última costela e a crista ilíaca. Utilizou-se a estatística descritiva e a associação entre as variáveis foram verificadas pelo teste qui-quadrado de tendência linear, quando necessário o qui-quadrado de partição com correção de Bonferroni. Adotou-se nível de significância de α=0,005, sendo os dados analisados no programa Stata, versão 13. A amostra foi composta por 905 indivíduos, com idade média de 34,2 anos, sendo a maioria do sexo feminino (55,5%). Quanto ao estado nutricional observou-se que 52,3% eram eutróficos, 43,4% estavam com excesso de peso e 4,3% com baixo do peso. O percentual de gordura corporal estava aumentado em 59,8% dos indivíduos (52,8% dos homens e 65,3% das mulheres). Observou-se que 6,0% da amostra apresentou hiperglicemia, 2,7% hiperinsulinemia e 16,7% resistência a insulina. Foram observadas associações estatisticamente significativas entre a resistência a insulina com a escolaridade (p=0,002), com a faixa etária de 20 a 29 anos (p=0,000) e de 30 a 39 anos (p=0,001) quando comparadas a faixa etária de 50 a 59 anos, estado civil (p=0,001), estado nutricional (p<0,001), percentual de gordura corporal (p=0,002), circunferência da cintura (p<0,001) e nível de atividade física (p=0,004). Diante do exposto, pode-se concluir que indivíduos com excesso de peso, principalmente com obesidade abdominal, estão mais susceptíveis a ter resistência à insulina, consequentemente, maior risco de morbimortalidade.
Palavras-chave resistência à insulina, adiposidade corporal, obesidade abdominal
Forma de apresentação..... Painel
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