Outros membros |
Cristiane Almeida Menezes, Gisele Muniz de Andrade, Gustavo Henrique Silveira de Moraes, Maria Lúcya Braga Porfírio, Mônica Sabrina Ribeiro dos Santos, PEDRO PAULO DO PRADO JUNIOR, Tassiana Elena de Souza |
Resumo |
O atual perfil epidemiológico e o modelo assistencial vigente no país exige um novo reordenamento do processo de ensino-aprendizagem que supere o paradigma flexneriano, de um modelo saúde-doença uni causal e biologicista com pouca referência às dimensões social, psicológica e econômica da saúde. Pensando nisto, o Sistema Único de Saúde (SUS) implementou a Estratégia Saúde da Família (ESF), que demanda profissionais capacitados para as novas práticas de trabalho integral e interdisciplinares. No sentido de reformular a formação profissional com base nesses novos paradigmas, o Ministério da Educação deliberou novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) dos cursos de graduação da área de saúde, tornando-se clara a necessidade de se formar profissionais com ênfase na Atenção Básica. Visando operacionalizar as DCN, os Ministérios da Saúde e Educação criaram o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde), que prevê a inserção precoce de estudantes da área da saúde na Atenção Primária à Saúde (APS), bem como a integração ensino-serviço-comunidade a educação permanente do profissional do serviço e o desenvolvimento de pesquisas nesse campo de atenção. Na Universidade Federal de Viçosa o PET conta com estudantes de Educação Física, Enfermagem, Medicina e Nutrição que estão inseridos em três ESF em Viçosa-MG. Na ESF, os estudantes realizam algumas atividades dentro e fora da unidade como visitas domiciliares, capacitações com os Agentes Comunitários de Saúde (ACS), sala de espera, feira de saúde e projetos de pesquisa. Considerando que o PET-Saúde é uma estratégia que foi planejada para auxiliar o reordenamento da formação acadêmica, torna-se importante avaliar a influência do programa e a inserção desses estudantes no serviço, na ótica de um dos atores envolvidos com quem os estudantes têm maior contato: o ACS. Neste sentido, o objetivo do trabalho é avaliar o PET a partir dos relatos dos ACS, na tentativa de aprimorar as atividades desenvolvidas e planejar futuras ações. Sobre quais são os objetivos do PET dentro da unidade, os ACS afirmam conhecê-los, porém nem todos sabem quais são as atividades e os projetos realizados pelos estudantes. A inserção dos estudantes foi avaliada como excelente ou boa, o mesmo foi observado quando se referiram a comunidade. Como sugestão de melhora, os ACS demonstraram grande interesse quanto às capacitações que são realizadas pelos estudantes e acreditam que as mesmas devem continuar. Tomar conhecimento da visão que os ACS têm do PET-Saúde e da inserção de estudantes na unidade foi de grande importância, e irá gerar discussões entre os membros da equipe a fim de melhorar a qualidade do serviço prestado, a interação com a equipe de saúde, bem como novas propostas de trabalho. Neste sentido, torna-se claro que o PET-Saúde tem contribuído positivamente com a ESF e com a formação acadêmica, o que acorda com a proposta do programa. |