Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 3133

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Fisiologia vegetal
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Leandro de Almeida Tavares
Orientador FABIO MURILO DA MATTA
Título Limitações Difusivas e Bioquímicas da Fotossíntese do Cafeeiro
Resumo As plantas perenes sempre-verdes são conhecidas por possuírem baixas taxas de assimilação líquida de CO2(A) em relação às herbáceas e decíduas. As limitações à fotossíntese podem ser de ordem bioquímica ou difusiva; a primeira concerne à fixação cloroplastídica de CO2, e a segunda, às resistências estomáticas e mesofílicas que o CO2 encontra à sua difusão, desde a atmosfera até os sítios de carboxilação, nos cloroplastos. O estudo foi conduzido procurando-se analisar as contribuições das limitações hidráulicas, difusivas (estomática e mesofílica) e bioquímicas relativas à fotossíntese do cafeeiro, a partição do nitrogênio dentro da maquinaria fotossintética e a ativação desta maquinaria em resposta à irradiância. Para tal, plantas de café arábica (Coffea arabica L.) foram cultivadas em vasos durante 12 meses, sob duas intensidades de luz (0 e 90% de sombreamento). Os resultados sugerem que a condutância mesofílica teve importância igual ou inferior ao da condutância estomática na explicação das baixas taxas fotossintéticas no cafeeiro, independentemente do fenótipo. Aparentemente, a arquitetura hidráulica seria o fator primário mais limitante à fotossíntese no cafeeiro, o quê limitaria a capacidade de reidratação dos tecidos foliares, restringindo, pois, a manutenção de condutâncias estomáticas elevadas. A partição do N foi caracterizada por uma capacidade limitada de alteração nas frações do N envolvidas em carboxilação e em transporte de elétrons, em função da irradiância, mas com um notável investimento de N em pigmentos envolvidos na captura de luz e na fração estrutural. Os resultados também suportam a hipótese de que as folhas sombreadas no cafeeiro aproveitariam melhor a energia de sunflecks em relação às folhas de sol, em razão dos maiores estados de ativação, menores perdas de indução fotossintética e ausência de fotoinibição nas folhas de sombra. Os resultados deste trabalho ajudam a explicar, em parte, a baixa eficiência fotossintética do N, em decorrência de investimento do N em compostos não-fotossintéticos. Sugere-se, ainda, a necessidade de maior investigação das limitações hidráulicas no cafeeiro, que podem ser cruciais no melhoramento da espécie, com vistas ao aumento de suas taxas fotossintéticas.
Palavras-chave café, fotossíntese, luz
Forma de apresentação..... Oral
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