Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 3132

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Fisiologia vegetal
Setor Departamento de Fitopatologia
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Arthur Martins Almeida Bernardeli
Orientador FABRICIO DE AVILA RODRIGUES
Título Capacidade fotossintética de plantas de arroz com sintomas da escaldadura
Resumo A escaldadura é uma das principais doenças do arroz, sendo encontrada no sudoeste da Ásia, Austrália, Oeste da África e nas Américas Central e Latina. Pode causar perdas na produção de até 30%. No Brasil, a doença ocorre em todas as regiões produtoras de arroz. Dessa forma, procurou-se neste estudo investigar imagens e parâmetros de fluorescência da clorofila a em áreas próximas à lesão, associando-as às trocas gasosas e à avaliação dos pigmentos fotossintéticos em plantas de arroz inoculadas ou não com Microdochium oryzae, para um maior entendimento na dinâmica fotossintética da interação planta-hospedeiro. O experimento foi instalado num delineamento inteiramente casualizado com dois tratamentos (plantas inoculadas e não inoculadas com M. oryzae) contendo seis repetições. Cada unidade experimental foi constituída por um vaso com três plantas. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey e teste t (P ≤ 0.05) utilizando o software SAS versão 6.12. Foram selecionadas três plântulas de arroz do cultivar Primavera por vaso e 50 mL de solução nutritiva foi aplicada em intervalos de sete dias até o fim do experimento. Aos 45 dias após o transplantio, plantas com dez folhas no colmo principal foram inoculadas com M. oryzae e permaneceram em câmara de nevoeiro durante cinco dias à 25 ± 4ºC e umidade relativa de 90 ± 5%. A expansão das lesões da escaldadura foi avaliada na superfície adaxial da sétima, oitava e nona folha, da base para o ápice; e a taxa de assimilação líquida de CO2 (A), condutância estomática (gs), taxa de transpiração (E) e concentração interna de CO2 (Ci) foram determinadas com um analisador de gás por infravermelho portátil (IRGA, Li-Cor, LI-6400), na oitava e na nona folha do colmo principal. As imagens e parâmetros de fluorescência da clorofila foram obtidos utilizando a versão MAXI do fluorômetro Imaging-PAM e o software Imaging Win. Determinou-se F0 (Fluorescência mínima) e Fm (Fluorescência máxima) em Ah (área sadia), A1 (área assintomática), A2 (área intermediária) e A3 (área lesionada), realizadas, na nona e décima folha do colmo principal das plantas em V9 e V10. Os resultados obtidos indicam que a utilização da energia para os processos fotossintéticos e a capacidade de dissipação do excesso de energia na maquinaria fotossintética foi comprometida durante a infecção. Neste caso, o rendimento fotoquímico das plantas inoculadas diminuiu, devido à redução de abertura estomática, refletindo em uma menor difusão de CO2 para os sítios de carboxilação, induzindo à inibição do aparato fotossintético nas áreas lesionadas. Conclui-se que a infecção tem efeito local sobre a fotossíntese, com diminuição das áreas verdes na superfície foliar, ocasionado pela expansão das lesões e aumento de tecido necrótico. As concentrações de pigmentos fotossintéticos diminuíram significativamente com o progresso da escaldadura, o que limitou a absorção da radiação fotossinteticamente ativa.
Palavras-chave Fotossíntese, escaldadura, lesões
Forma de apresentação..... Painel
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