Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 3124

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Biologia e manejo de doenças e pragas de plantas
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Marcos Vinícius Mendes
Orientador EUGENIO EDUARDO DE OLIVEIRA
Outros membros Daniela de Castro Guedes, Khalid Haddi, Natalie Nabelle Silva Miranda, Shaiene Maria da Silva
Título Mudanças no comportamento de acasalamento de Euschistus heros desencadeados pela exposição subletal ao inseticida imidaclopride.
Resumo No Brasil, o percevejo-marrom da soja, Euschistus heros (F.), tem causado elevadas perdas de produção na cultura da soja. O controle dessa praga é feito pela aplicação de inseticidas neonicotinóides (normalmente em misturas). Entretanto, ainda são poucos os estudos que combinam efeitos toxicológicos e de comportamento causados por estes compostos nestes insetos. Desta forma, este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar se a exposição a doses subletais ao imidaclopride resulta em mudanças no comportamento de acasalamento de adultos de E. heros. Para tanto, insetos adultos foram acondicionados em frascos de vidro (250 mL de capacidade volumétrica) que tiveram suas paredes internas tratada com imidaclopride (0,058 µg i.a/cm2, ou o equivalente a 1% da dosagem recomendada para aplicação a campo). No tratamento controle, insetos foram acondicionados em frascos que foram tratados inicialmente com água destilada. Os indivíduos foram expostos ao inseticidas por um período de 48 horas. Após a exposição os insetos eram isolados e acompanhados durante 10 dias, com fornecimento ad libitum de água e comida, até que atingisse a maturidade sexual. Em seguida, casais eram formados seguindo as seguintes combinações: machos e fêmeas tratados, machos tratados e fêmeas não tratadas, machos não tratados e fêmeas tratadas, machos e fêmeas não tratados. Estes insetos foram colocados em placas e Petri e filmados por 13 horas. A partir dessas filmagens foram avaliados: número de cópulas, tempo de cópula, tempo de latência, tempo de corte. Após a realização de analise de variância on Ranks não se encontrou diferença significativa no número de cópulas (P = 0,656) e tempo de latência (P = 0,433) entre os tratamentos. Entretanto, quando fêmeas tratadas foram acasaladas com machos não tratados, tanto o período de corte foi reduzido (P = 0,039, teste de Tukey) como o tempo de cópula foi aumentado (P = 0,009, teste de Tukey) em relação aos acasalamentos em que ambos os insetos não foram expostos ao imidaclopride. Portanto, a exposição subletal de fêmeas de E. heros ao imidaclopride alterou o comportamento de acasalamento destes insetos de maneira a aumentar o sucesso reprodutivo destes organismos, o que pode incorrer em mudanças na densidade populacional a nível de campo e impactar negativamente o manejo integrado destas pragas.
Palavras-chave Entomologia agrícola, distúrbios comportamentais, inseticidas neurotóxicos
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,71 segundos.