Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 3114

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Alimentos, nutrição e saúde humana
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Eliara Acipreste Hudson
Orientador ANA CLARISSA DOS SANTOS PIRES
Título Termodinâmica de interação entre corante Vermelho 40 e proteína albumina do soro bovino
Resumo A distribuição uniforme e a permanência de um corante em uma matriz alimentícia são indicações da existência de interações estáveis entre um corante e um ligante. Apesar dos esforços da comunidade científica, ainda há pouco conhecimento sobre o tipo, a intensidade e a energia das interações entre corantes e proteínas. O conhecimento dessas interações é de grande importância para o desenvolvimento eficiente de produtos alimentícios e pode representar um grande avanço científico. O objetivo deste trabalho foi estudar a estabilidade térmica e o calor específico da proteína albumina do soro bovino (BSA) a fim de avaliar a sua interação intermolecular com o corante Vermelho 40 (V40). Para a realização deste estudo, foi utilizada a técnica de nanocalorimetria diferencial de varredura, em uma faixa de temperatura de 20 a 120ºC, sob pressão constante de 3 atm e taxa de aquecimento 1ºC/min, obtendo-se dados de variação de entalpia de transição conformacional (ΔHTrConf) e da temperatura onde ocorre a máxima mudança na conformação da proteína (Tm). A interação entre os compostos foi testada em soluções de tampão com pH 5,0 e pH 7,0. Utilizou-se a BSA na concentração de 3,01x10-5 mol/L em todos os experimentos. O corante V40 foi utilizado em cinco diferentes concentrações. A variação da capacidade calorífica molar (Cp) entre 20 e 120 °C de uma solução de BSA em tampão com pH 5,0 indicou uma transição termodinâmica endotérmica que se inicia a 50 °C e finaliza em 86 °C, além de ser observado um pequeno pico em 114 °C, seguido por uma variação abrupta da Cp. Na presença de 3,01 x 10 6 mol/L do corante V40 numa solução de BSA em pH 5,0, obteve-se uma curva com perfil semelhante à obtida na ausência do corante. Com a mesma faixa de temperatura de transição conformacional constatou-se que na presença do corante a estabilidade termodinâmica da proteína é mantida. Entretanto, o cálculo de ΔHTrConf mostra uma redução de energia, associada à desnaturação. Com aumento da concentração do corante ocorreu uma diminuição da ΔHTrConf, além do desaparecimento da transição conformacional que ocorre na temperatura de 76 °C, indicando que a interação V40-BSA ocorre com aminoácidos presentes neste subdomínio. No termograma de uma solução de BSA na concentração de 3,01 x 10 5 mol/L em tampão fosfato pH 7,0 observou-se a presença de dois subdomínios com transições calorimétricas distintas. À medida que a concentração de V40 foi aumentada, não houve alteração nas propriedades termodinâmicas de transição conformacional, indicando que não houve interação entre as duas espécies químicas. Por meio deste trabalho inferiu-se que a interação entre a BSA e o corante vermelho 40 é dependente do pH. Estudos de interação entre moléculas pequenas como corantes artificiais e proteínas de transporte como a BSA são importantes tanto do ponto de vista tecnológico quanto nas áreas de saúde humana.
Palavras-chave Vermelho 40, albumina, pH
Forma de apresentação..... Oral
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