Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 3102

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Florestas e agroecossistemas
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Bruno Leão Said Schettini
Orientador LAERCIO ANTONIO GONCALVES JACOVINE
Outros membros Carlos Moreira Miquelino Eleto Torres, Daniel Brianézi, Samuel José Silva Soares da Rocha, Vicente Toledo Machado de Morais Júnior
Título Estocagem de carbono em Sistemas Agroflorestais no Brasil
Resumo O Brasil, durante a 15ª Conferências das Partes (COP-15),assumiu reduzir de forma voluntária suas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), entre 36,1% e 38,9%,dos níveis de 2005,até 2020.Para mitigar as emissões de GEE advindas da mudança do uso da terra e cumprir as metas de redução estabelecidas pelo governo federal, criou-se o programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC),que tem como objetivos incentivar a adoção de práticas sustentáveis que garantem a redução de emissões de GEE. Os sistemas agroflorestais são ferramentas integrantes das políticas públicas brasileira para mudanças climáticas. Dada a importância destas ferramentas na estocagem de carbono na superfície terrestre e sua contribuição na minimização das mudanças climáticas é preciso avaliar o seu potencial de estocagem de carbono, de forma a balizar políticas públicas de incentivo às atividades. Neste sentido, objetivou-se levantar os dados de pesquisa disponíveis que demonstrem a estocagem de carbono de diferentes modelos de sistemas agroflorestais. Em estudo com diferentes modelos de sistemas agroflorestas; SAF-1 (cacau, açaí, bananeira e seringueira, aos 14 anos de idade), SAF-2 (cacau, açaí, bananeira, seringueira, taperebá, paricá e macaúba, aos 14 anos), SAF-3 (cupuaçu, açaí, teça e mogno, aos 9 anos) e SAF-4 (cupuaçu, açaí e paricá, aos 9 anos), no município de Tomé-Açu, no Pará, observou-se um estoque de carbono total (biomassa aérea, serapilheira e solo) de 126,59; 128,41; 122,80 e 137,81 t C ha-1, para os SAFs 1, 2, 3 e 4, respectivamente. Assim, o incremento médio de carbono acima do solo (IM-AGB) dos sistemas correspondem à 2,86; 3,15; 4,14 e 4,88 t C ha-1 ano-1, para os SAFs 1, 2, 3 e 4, respectivamente. Outro estudo envolvendo Sistema Agroflorestal Regenerativo Análogo (SAFRA), formado a partir do manejo de uma floresta nativa já explorada, com elevada densidade de palmeiras e frutíferas ,aos 12 anos, foi realizado nas várzeas do rio Juba, Cametá, Pará. Para estimar a biomassa e carbono dos SAFs a vegetação foi dividida em açaí, cacau e árvores nativas. O estoque médio total de carbono da vegetação foi de 134,30 t ha-1; no qual 131,63 t ha-1 (98 %) foram estocadas nas árvores, 2,01 t ha-1 (1,5 %) no açaí e o 0,65 t ha-1 (0,5 %) no cacau. O incremento médio de carbono acima do solo (IM-AGB) encontrado foi de 11,19 t ha-1 ano-1. Em um sistema silvipastoril misto, com Eucalipto e Acácia, implantado na Zona da Mata mineira, aos 10 anos, observou-se um estoque estimado de 14,29 t C. ha-1., no qual 11,17 t C.ha-1 estavam estocados no eucalipto e 3,12 na acácia. O sistema apresentou um IM-AGB de 1,43 t C.ha-1 ano-1. A estocagem de carbono varia em função do modelo implantado e da idade do sistema, sendo que os modelos o SAFRA são os de maior potencial, chegando a 11,19 ton C ha-1. Assim, entende-se que a identificação do potencial de estocagem de carbono deve ser um dos fatores a serem considerados nos incentivos à implantação dos sistemas Agroflorestais.
Palavras-chave Estocagem de Carbono, Sistemas Agroflorestais, Programa Agricultura de Baixo Carbono
Forma de apresentação..... Painel
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