ISSN | 2237-9045 |
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Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Graduação |
Modalidade | Pesquisa |
Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
Área temática | História política e cultura |
Setor | Departamento de História |
Conclusão de bolsa | Não |
Primeiro autor | Edilan Martins de Oliveira |
Orientador | HELOISA MARIA TEIXEIRA |
Título | Guerra Justa e Civilização: A conquista do sertão mineiro no século XIX |
Resumo | Esse trabalho busca realizar uma análise da Guerra Justa, levada a cabo por D.João VI a partir de 1808. Assim que esse monarca instalou-se no Brasil, empenhou-se em efetivar a perseguição aos índios, genericamente denominados “botocudos”, nos chamados “Sertões do Leste” (região da atual Zona da Mata Mineira). Tal ofensiva, levada a cabo no início do século XIX, é contemporânea ao declínio das minas auríferas e à procura por novas atividades econômicas e de subsistência. A exploração do ambiente rural, marcada pela diversificação das atividades agrarias, pecuárias e comerciais, gerou um marcado crescimento demográfico e tornaria mais viável a penetração das terras dos “sertões do leste”. Nesse contexto, esse progressivo avanço da colonização acabou promovendo um deslocamento indígena para os sertões. Essas tribos passaram a habitar o interior, assim mantendo menor contato com o colonizador e sua cultura, conservando-se arredio e dando sustento a toda uma rede de “mitos e lendas”, que se formaria em torno da “agressividade” desses indivíduos. O comportamento tido como irracional da resistência indígena, e a necessidade de retaliar as atrocidades indígenas justificaram o avanço militar organizado sobre o território não incorporado para combater os atos dos "selvagens" e "canibais", colocando em cena uma permanente competição entre civilização e barbarismo. O auge dessa conquista foi a expedição das Cartas Régias de 1808 que declararam, com uma vestimenta de guerra justa, uma ofensiva contra os indígenas, tanto de São Paulo quanto de Minas. Verificou-se que o principal propósito das Cartas Régias de 1808 era a ocupação das zonas florestais, a exploração econômica e navegação constante do Rio Doce. A grande propriedade era utilizada, claramente, como chamariz para atrair os interessados, julgando-se que seriam homens de “bom valor”. Para, além disso, o caráter de classe e os objetivos econômicos são evidentes nas duas Cartas Régias para a Capitania de Minas Gerais. A análise aqui pretendida busca aprofundar a discussão sobre a chamada “conquista do sertão mineiro”, evidenciando as motivações políticas, econômicas, ideológicas e étnicas por detrás do empreendimento imperial denominado no período de “guerra justa e civilização”. Para tal, apoiar-nos-emos na bibliografia especializada e nos documentos de época. |
Palavras-chave | Guerra Justa, Sertões do Leste, Botocudos. |
Forma de apresentação..... | Painel |