Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 3057

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Água e solos
Setor Departamento de Solos
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Ernst Eduard Jan Verburg
Orientador IVO RIBEIRO DA SILVA
Outros membros Rafael Silva Santos
Título Contribuiçaõ de Espécies Arbóreas Leguminosas e Não Leguminosas na Recuperação da Matéria Orgânica do Solo em Áreas Degradadas por Mineração de Bauxita
Resumo A importância da mineração para a economia do nosso país é fato inegável, porém os impactos causados ao ambiente pelo processo de obtenção dos minérios podem ser consideráveis, mesmo estas áreas sendo relativamente pequenas. A mineração de bauxita em especial afeta diretamente as características químicas e físicas do solo, já que para a extração há o decapeamento, revolvimento e retorno do solo à área de origem dificultando a regeneração das áreas por espécies vegetais após a mineração. A reabillitação da fertilidade e da matéria orgânica do solo (MOS), é importante para a qualidade do solo e, portanto, ao desenvolvimento e produção de espécies vegetais na fase pós-mineração.Nesse contexto, práticas que possam melhorar o aporte e estabilização do C ao solo são indispensáveis. O uso de espécies arbóreas, em especial as leguminosas que se associam às bactérias fixadoras de nitrogênio atmosférico encaixam-se nesse quesito, já que o aporte de litter radicular e de parte aérea mais ricos em N e compostos fenólicos podem favorecer a recuperação da MOS. O objetivo deste trabalho foi avaliar a contribuição da serapilheira em florestas de eucalipto , da leguminosa Angico-Vermelho e do mix de espécies nativas, para a melhoria da MOS em área de mineração de bauxita em fase de reabilitação. O estudo é composto por um fatorial 3 x 2 (tratamento sem planta, arbórea não leguminosa e arbórea leguminosa), sem e com adubação. Amostras de solo foram coletadas aos 36 e 42 meses após o plantio das espécies para análise química. Foram determinados o carbono orgânico total (COT), carbono lábil (Clábil) e nitrogênio total (NT). Os teores de NT e COT não diferiram em relação ao solo pós minerado (ambos muito baixos), mas foram inferiores ao solo de Mata Nativa adjacente. Tal achado nos indica que este sistema ainda se recupera da perturbação sofrida em função das atividades de mineração desenvolvidas. Distintamente, o C lábil aumentou na fase de reabilitação pós-mineração, atingindo valores semelhantes aos observados no solo de mata nativa. O aporte de serapilheira e a recuperação das frações mais lábeis do solo foi maior quando as espécies florestais foram fertilizadas. Não obstante, a manutenção do litter de parte aérea resultou em redução no C lábil do solo, independente da adubação, apontando para a ocorrência de efeito priming negativo na sua presença. Assim, os dados indicam que o aporte de raízes finas foi significativo. Podemos concluir que apesar da perturbação sofrida pelo sistema, a adubação balanceada e equilibrada, tanto de espécies arbóreas nativas ou exóticas (eucalipto), contribui para a recuperação do C de frações mais lábeis da MOS, apontando para uma recuperação lenta e gradual do sistema no futuro se os aportes forem mantidos uma vez que ainda não foram observados efeitos significativos na recuperação do COT e NTotal na fase de reabilitação.
Palavras-chave Matéria orgânica, floresta, litter
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,66 segundos.