Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 3041

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Água e solos
Setor Departamento de Solos
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Carlos Henriques da Silva Rezende
Orientador IGOR RODRIGUES DE ASSIS
Outros membros Fabiana Domingos Barros
Título Seleção de espécies para recuperação ambiental de áreas de depósito de rejeito de beneficiamento de minério de Ferro
Resumo A mineração provoca graves alterações no meio ambiente, sendo considerada uma das atividades mais impactantes dentre as fontes de degradação antrópica. Além do processo de extração, o beneficiamento do minério gera rejeitos que são depositados em bacias e compreendem áreas de difícil recuperação por apresentar características físicas, químicas e biológicas adversas ao crescimento de plantas. A regeneração natural nestas bacias é muito lenta e geralmente com baixa diversidade de espécies. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi identificar espécies que se estabeleceram espontaneamente em barragens de rejeito de beneficiamento de minério de ferro e testar espécies com potencial para a revegetação destas barragens. O rejeito foi coletado na barragem denominada Forquilha III, na Unidade de Fábrica – VALE em Ouro Preto-MG. Foram determinadas as características físicas e químicas do material em laboratório. Dois levantamentos florísticos foram realizados para coletar exemplares de espécies espontâneas com bom vigor vegetativo. Um experimento foi conduzido em casa de vegetação com três espécies: Capim Custódio (Pennisetum setosum), Paricá (Schizolobium amazonicum) e Macaúba (Acronomia aculeata) em solo arenoso, argiloso e no rejeito. Nos vasos cultivados com Capim Custódio foram semeadas 300 sementes com o objetivo de cobrir todo o vaso com as plantas. O delineamento utilizado foi em blocos ao acaso com quatro repetições. Nos vasos cultivados com Paricá, aos 14 dias após plantio foi feito o desbaste de plantas, deixando as três mais vigorosas. As espécies presentes ainda estão sendo identificadas, mas as principais famílias identificadas são Asteraceae, Poaceae e Cyperaceae. Para experimento em vasos, a altura média das plantas no rejeito foi de 47,33 cm, bem superior aquelas encontradas para os vasos com solo arenoso (33,50 cm). Para a produção de matéria seca de raiz e folhas, o solo arenoso apresentou menor massa, ao passo que o solo argiloso apresentou valores próximos ao do rejeito. Para a produção de matéria seca de folhas não houve diferenças entre os tratamentos. Contudo, para a matéria seca de raiz o rejeito apresentou a metade de raízes do que as plantas cultivadas em solo. As Macaúbas foram transplantadas como mudas homogêneas. A área foliar foi medida e para o rejeito de ferro foram encontrados valores médios de 251 cm². O solo arenoso apresentou média de 170 cm² e solo argiloso 282 cm². Pode-se observar que para todas as características mensuráveis os melhores valores são sempre do solo argiloso e do rejeito. Porém, a produção de raízes no rejeito foi baixa, demonstrando dificuldade das plantas em formar raízes, devido às características físicas e químicas do substrato.
Palavras-chave recuperação de áreas degradadas, rejeito de minério de ferro, levantamento florístico.
Forma de apresentação..... Oral
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