Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2962

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Políticas públicas e desenvolvimento social
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Renan Ferreira Nascimento
Orientador PAULA DIAS BEVILACQUA
Outros membros Larissa do Valle Gomes, Mariana de Lima Campos, Rita Maria de Souza, Thiago Nogueira Pinto
Título O Programa Minha Casa, Minha Vida em Viçosa – MG: representações dos moradores sobre os eixos do trabalho social
Resumo Este trabalho foi elaborado a partir de resultados obtidos no projeto “O espaço construído e o espaço habitado: o processo de representação e ressignificação dos/as beneficiários/as do PMCMV sobre trabalho social”, financiado pelo CNPq/Ministério das Cidades e executado pelo NIEG/UFV. A implantação do Programa Minha Casa, Minha Vida em Viçosa ocorreu no ano de 2011.Atualmente conta com três Conjuntos Habitacionais (CH): Coelhas e Sol Nascente compostos por 255 casas e o Floresta, com 80 apartamentos. Nestes conjuntos, a média de famílias chefiadas por mulheres é de 88%, com renda familiar em torno de 1SM. Foram analisadas as representações dos/as beneficiários/as dos CH's sobre os eixos do trabalho social: mobilização e organização comunitária, educação sanitária e ambiental e geração de trabalho e renda. A metodologia incluiu a realização de técnicas de Diagnóstico Rápido Participativo (DRP) sendo utilizadas: Diagrama de Fluxo e de Venn, Caminhada Transversal e Mapa Falado, além do grupo focal e entrevistas semi-estruturadas. Com relação à mobilização e organização comunitária, nos CH's Coelhas e Sol Nascente, percebeu-se dificuldade na organização e associação dos moradores pelo desinteresse na participação em questões coletivas,assim como no Floresta, porém, neste CH, devido sua disposição em prédios e maior proximidade entre os moradores, a resolução dos problemas coletivos acontece com mais efetividade. A percepção sanitária e ambiental nos três CH's não difere entre si, no entanto, questões que interferem diretamente no cotidiano dos/as moradores são mais perceptíveis. No Coelhas e Sol Nascente, por exemplo, a questão do esgotamento sanitário é evidenciada, não pela provável contaminação de solo e água e transmissão de doenças, mas pelo mau cheiro provocado. No Floresta, o incômodo é pela disposição irregular dos resíduos sólidos gerados nos apartamentos que, além dos conflitos pessoais, podem causar doenças. O interesse na geração de trabalho e renda no Sol Nascente e Coelhas se resume a estratégias individuais, onde poucos moradores comercializam produtos como verduras, refrigerantes e cigarros. No Floresta, o interesse em organizar atividades que gerem recursos financeiros e ocupação é maior, no entanto, não há prática efetiva de mobilização para viabilização de tais atividades. Conclui-se que as dificuldades de mobilização e organização comunitária são diferentes entre os conjuntos habitacionais, sendo maiores nos CH's Coelhas e Sol Nascente. Nos três conjuntos, a preocupação com o meio ambiente está relacionada a implicações/incômodos que afetam diretamente o cotidiano dos/as moradores e menos à conscientização sobre a importância ambiental. A dificuldade em se criar formas de geração de trabalho e renda está relacionada à ausência de organização e participação dos moradores nas resoluções dos problemas locais e reconhecimento de direitos e deveres enquanto cidadãos/ãs.
Palavras-chave mobilização e organização comunitária, metodologias participativas, política habitacional
Forma de apresentação..... Oral
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