Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2923

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Física teórica, experimental e de simulação
Setor Departamento de Física
Bolsa Jovens Talentos/CAPES
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Wesley Francis Costa Cota
Orientador SILVIO DA COSTA FERREIRA JUNIOR
Título Efeitos do coeficiente de agregação em modelos epidêmicos em redes complexas
Resumo Redes reais, tais como o Facebook, possuem características estruturais importantes como a heterogeneidade e o fato de serem livres-de-escala. A primeira é responsável pela diversidade de graus dos vértices que compõem a rede e a segunda com a forma pela qual esses graus são distribuídos. Essa distribuição é dada por uma lei de potência que, em geral, possuem caudas pesadas tal que a distribuição possui uma média definida mas um dispersão infinita. O estudo de modelos epidêmicos em redes complexas vem utilizando redes complexas com as propriedades citadas anteriormente, porém o efeito de uma característica importante de redes reais não foi estudada sistematicamente: o coeficiente de agregação (clustering) alto. Estudos recentes mostraram que a presença de vértices altamente conectados (hubs) alteram a natureza de epidemias nessas redes e é possível que o clustering também seja responsável por efeitos significativos, motivando este estudo. Com esse objetivo, um algoritmo de configuração de rede foi adaptado para obter redes com coeficiente de clustering alto: três vértices são escolhidos aleatoriamente e são feitas algumas tentativas de conectá-los. Os modelos de configuração de redes disponíveis na literatura permitiam a geração de redes não correlacionadas - que facilitam a análise teórica - mas apresentavam um coeficiente de clustering praticamente nulo, ignorando uma propriedade muito comum e fundamental em redes reais. Utilizando simulações computacionais com o método quase-estacionário (QS), foram estudados processos epidêmicos em redes complexas com coeficiente de agregação alto e com distribuição de graus em lei de potência. No Processo de Contato (PC), não observamos uma alteração significativa nos expoentes críticos para a densidade de vértices infectados, para o tempo característico e para a suscetibilidade demonstrando a robustez da classes universalidade anteriormente estabelecida para este modelo em redes com coeficiente de clustering baixo. No entanto, essa propriedade pode afetar a natureza da epidemia em modelos epidêmicos como o Suscetível-Infectado-Suscetível (SIS). Comparando-se redes de mesmo tamanho e propriedades, alterando apenas o clustering, foi notado um deslocamento dos limiares - encontrados pela análise de suscetibilidade - no Processo de Contato: o aumento do clustering da rede fez com que a epidemia necessitasse de uma taxa de infecção maior para se manter. Conhecer o limiar em modelos epidêmicos mais completos como o SIS é de extrema relevância para que se possa entender como as propriedades estruturais de uma rede complexa são responsáveis por alterações em aspectos dinâmicos de propagação de epidemias. Sendo assim, simulações computacionais e métodos da física estatística são utilizados neste trabalho para compreender e modelar aspectos mais próximos do mundo real.
Palavras-chave redes complexas, modelos epidêmicos, fenômenos críticos
Forma de apresentação..... Oral
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