Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2893

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Química ambiental e agrícola
Setor Departamento de Química
Bolsa PROBIC/FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Roberta Condé de Assis
Orientador MARIA ELIANA LOPES RIBEIRO DE QUEIROZ
Outros membros Anna Isabel Guido Costa, ANTONIO AUGUSTO NEVES, Fernanda Fernandes Heleno, LEDA RITA DANTONINO FARONI
Título Avaliação da eficiência do ozônio na remoção de resíduos de agrotóxico em alface
Resumo A alface é uma das hortaliças mais consumidas in natura por todas as classes sociais brasileiras e está, segundo a ANVISA, entre os alimentos com maior índice de irregularidades por contaminação com agrotóxicos. Existe uma preocupação crescente em eliminar esses resíduos dos alimentos antes destes chegarem à mesa do consumidor. Nos últimos anos o ozônio tem se destacado como uma ferramenta promissora para remoção desses contaminantes, pois, esse se degrada em oxigênio não deixando resíduos tóxicos. Entretanto, em função da fragilidade das folhas da alface, o uso de ozônio pode alterar sua qualidade, modificando, por exemplo, a sua cor, e tornando o produto menos atrativo ao consumidor. Assim, o objetivo deste trabalho, foi determinar a concentração de ozônio mais eficiente para remoção/redução dos resíduos do fungicida azoxistrobina nas folhas de alface sem que houvesse alteração da cor das mesmas. Para realizar este trabalho, amostras de alface foram cultivadas em vasos, sendo aplicado em suas folhas 500 mL de solução 0,16 g L-1 do princípio ativo azoxistrobina a partir do produto comercial Amistar WG (500 g kg-1). Em uma câmara de ozonização quatro litros de água destilada, em diferentes temperaturas, foram borbulhados por 1 h com ozônio, em diferentes concentrações num fluxo de 2 L min-1. Periodicamente folhas de alface contaminadas eram colhidas e imediatamente mergulhadas na solução saturada com ozônio por 15, 30, 45 e 60 min. A qualidade da alface foi avaliada pela medida da cor da folha. Essa medida foi feita por um colorímetro (sistema de cor CIELAB) com leitura direta da reflectância das coordenadas L*, a*, b*, calibrado previamente. Com esses valores das coordenadas se determinou a variação de cor das folhas. Os resíduos de agrotóxicos presentes nas folhas antes e após o tratamento com ozônio foram determinados empregando a técnica de extração sólido-líquido com partição em baixa temperatura e a análise por cromatografia gasosa acoplada ao detector por captura de elétrons (ESL/PBT-CG/DCE). Os diferentes tratamentos das folhas de alface com ozônio para remoção dos resíduos de agrotóxicos resultaram em porcentagens de remoção maiores que 80% e menores que 96%. Todos os experimentos realizados mostraram que esse método foi eficaz, porém os melhores resultados foram obtidos quando as folhas de alface foram mergulhadas por 60 min em água ozonizada em concentrações de ozônio mais elevadas. Nas temperaturas mais baixas, onde o ozônio é mais solúvel foram obtidos os melhores resultados. Nessas condições, a cor das folhas não foi significativamente alterada, mantendo assim a qualidade do alimento com relação a essa característica.
Palavras-chave Alface, ozônio, azoxistrobina.
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,64 segundos.