Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2873

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ecologia e biogeografia
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Cleber Macedo de Oliveira
Orientador ANGELO PALLINI FILHO
Outros membros Ana Maria Guimarães Bernardo, Arnoldus Rudolf Maria Janssen, Valéria Rodrigues Veiga
Título Aprendizagem associativa de odores em larvas de predadores
Resumo Voláteis orgânicos têm sido reportados como sendo um importante componente na comunicação entre organismos. Por exemplo, plantas atacadas por herbívoros emitem odores que são usados por predadores como pistas para localização dos herbívoros. Esses odores consistem em misturas que podem variar com a espécie de planta hospedeira. Devido à variação das misturas de substâncias voláteis, tem-se sugerido que os animais podem aprender a associar misturas voláteis com a disponibilidade de alimentos. A aprendizagem tem sido demonstrada em diversos táxons de artrópodes, em particular em insetos sociais e parasitóides, porém poucos trabalhos tem avaliado a aprendizagem em imaturos e em predadores. Ceraecohrysa cubana (Hagen) (Neuroptera: Chrysopidae), bicho lixeiro, é um importante inimigo natural da América Neotropical, com potencial para uso em programa de controle biológico, pois são polífagos e possuem grande habilidade de locomoção. A capacidade de aprender a associar a disponibilidade de presa com a presença de odores é esperado em predadores generalistas, pois estes estão naturalmente expostos a um ambiente rico e variado de odores. Portanto, o objetivo do trabalho foi avaliar a capacidade de aprendizagem de C. cubana. O treinamento foi iniciado com imaturos de um dia de idade. Os imaturos permaneceram alimentando-se com ovos de Anagasta kuehniella em um ambiente saturado com odor de methyl salicilato (MESA) por quatro dias e após este período eles passavam por períodos de 24 h privados de alimento em um ambiente sem odor e 24 h com alimento em um ambiente com odor de MESA. Esta alternância entre horas privados de alimentação e horas com alimento repetiu-se por quatro vezes. Um grupo controle onde os predadores passavam por períodos de jejum e alimentação sem a presença do odor também foi testado. Para confirmar se havia ocorrido o aprendizado associativo, um novo experimento foi realizado onde a presença do odor era associada à privação de alimento. Após o treinamento, foi testada a atração ou aversão dos predadores as fontes de odores (ar e MESA). Os predadores que foram treinados a associar MESA e ovos de A. kuehniella apresentaram uma atração ao odor MESA versus o ar comparado com o grupo controle. Porém, quando os predadores foram treinados a associar MESA à fome apresentaram aversão a este composto versus ar. Concluímos que houve aprendizagem (mudança no comportamento de escolha a fontes de odor) de acordo com a experiência do predador. A aprendizagem foi do tipo associativa, pois dependendo se o estímulo foi positivo (alimento) ou negativo (fome) o predador apresentou atração ou aversão ao composto.
Palavras-chave Neuroptera, Resposta Inata, Repelência
Forma de apresentação..... Painel
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